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Fernando Haddad inicia pré-campanha ao governo de São Paulo pelo Grande ABC

Potencial nome do PT na corrida estadual terá agendas com setores da região nesta semana

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
12/07/2021 | 00:24
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Divulgação


Ex-prefeito da Capital, Fernando Haddad (PT) dará pontapé inicial da pré-campanha ao governo do Estado pelo Grande ABC, numa espécie de mea-culpa à região por causa da empreitada presidencial de 2018.

Haddad visita o Grande ABC nesta semana, em agenda de três dias. No itinerário, conversa com a classe política petista, prefeitos do partido, diálogo com sindicatos, empresários, universidades e outros setores da sociedade civil organizada.

Em 2018, quando foi alçado à condição de candidato a presidente da República pelo PT – preso à época, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi impedido de concorrer –, Haddad pouco percorreu a região, berço do petismo. As atividades junto aos sindicatos, cuja ligação com a legenda é umbilical, também foram consideradas frias, bem diferentes do que acontecia com Lula.

Passados quatro anos, o cenário de penúria do PT parece ter se dissipado. Lula lidera as pesquisas de intenções de voto ao Planalto e Haddad está no páreo na corrida estadual. Diante disso, a cúpula paulista da legenda tenta corrigir rotas na empreitada ao Palácio dos Bandeirantes.

Haddad inicia o périplo no Grande ABC amanhã, com visita ao prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT) – Filippi foi secretário de Saúde na gestão de Haddad na prefeitura paulistana. Na agenda também há visita ao prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT). Filippi e Marcelo resgataram a força do partido em eleições na região, depois de o PT passar quatro anos sem prefeitos em seu berço político.

O roteiro foi desenhado pelo presidente paulista do PT e ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. O petista, que concorreu ao Bandeirantes em 2018, traçou ainda encontros na UFABC (Universidade Federal do ABC), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, com o setor empresarial local e até mesmo com o bispo diocesano dom Pedro Carlos Cipollini.

“O processo que estamos iniciando é de discussão de diagnóstico de cada região, de visão de construção, querendo construir programa de governo que seja bom não só pela sua concepção em si, mas fazendo com que as regiões se enxerguem e participem dele”, citou Marinho.

ALIANÇA
Marinho classificou como “sonho” unir em um mesmo palanque e já no primeiro turno PT, Psol e PSB, porém, ponderou que as legendas têm direitos a lançar candidaturas próprias. Foi com esse discurso que Marinho justificou, por exemplo, o projeto do ex-deputado Jilmar Tatto (PT) à prefeitura de São Paulo quando muitos queriam que o petismo apoiasse Guilherme Boulos (Psol) logo de início.

O dirigente petista admitiu conversas com Boulos, hoje pré-candidato do Psol ao Estado, e até com o PSB, do ex-governador Márcio França, que novamente se apresenta à corrida paulista.

“Desejamos construir uma aliança PT-Psol e além disso. Temos de apresentar uma alternativa com condições de disputar para valer o governo do Estado. Evidentemente que alianças podem ser no primeiro turno e, em não sendo possível, é preciso respeitar cada partido. Neste momento é de fato os partidos se apresentar. Vejo como positivo o Guilherme se apresentar no Estado. E o mesmo vale para o PSB, que é um partido que o Lula e a Gleisi (Hoffmann, presidente nacional do PT), tratam nacionalmente”, comentou. “.Desejamos compor desde no primeiro turno, mas temos de dar tempo ao tempo.”




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