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Auricchio pede para polícia investigar suposto esquema
Flávia Braz
Do Diário do Grande ABC
13/08/2007 | 07:06
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O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), requereu à Delegacia Seccional de São Bernardo abertura de inquérito policial para apurar suposto esquema de corrupção nas gestões de Luiz Olinto Tortorello, morto em 2004, conforme matéria divulgada pelo Diário no último dia 4.

O delegado seccional Marco Antônio de Paula Santos confirma a abertura do procedimento. Ele adianta, inclusive, que os contratos firmados entre o empresário Antônio José Cressoni e a Prefeitura são “suspeitos”. Segundo Santos, o empresário será o primeiro a prestar depoimento, o que deve ocorrer nesta semana.

O engenheiro José Gaino, então funcionário da Pasta de Obras, é apontado pelo empreiteiro como gerenciador de um suposto Fundo de Reservas no qual Cressoni tinha de depositar até 25% dos pagamentos de obras executadas para o Executivo. O empreiteiro afirma ainda ter sido favorecido em contratatos de licitação para prestar os serviços.

Gaino, hoje titular da Pasta de Urbanismo, Obras e Habitação, nega as acusações.

PROCESSO

Cressoni é autor de uma interpelação judicial que visa impedir a reintegração de posse de um apartamento de cobertura localizado no Guarujá. O imóvel é alvo de briga judicial entre o empreiteiro e o engenheiro.

O secretário de Obras afirma que a cobertura foi vendida ao empresário, que não teria pago todas as parcelas. Cressoni, entretanto, diz que o apartamento foi doada por Gaino como parte do montante existente no Fundo de Reservas, ao qual o empreiteiro afirma não ter tido acesso. Ele diz sequer conhecer os valores dos repasses executados por ele durante cerca de sete anos.

SINDICÂNCIA

Na última semana, Auricchio instaurou uma sindicância interna no Executivo para apurar as acusações. A junta investigativa é formada por seis funcionários da Prefeitura. A ação foi estendida também ao Legislativo: três vereadores formam uma comissão que acompanha o caso.

Na última sessão da Câmara, na terça-feira, integrantes da oposição requereram a instalação de CPI para apurar o as acusações, mas a bancada governista não aprovou a proposta alegando tratar-se de uma atitude precipitada ante a falta de documentos comprobatórios.

Procurados pela reportagem, o chefe do Executivo e o delegado Antonio Carvalho Neto, responsável pelo caso, não foram localizados para comentar a abertura de inquérito policial. (Colaborou Sérgio Vieira)



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