A unidade de São Bernardo vai produzir quatro mil motores, de um total de 10 mil no mundo – os outros seis mil serão fabricados na Suécia. Um dos fatores que motivaram a fabricação do produto na unidade de São Bernardo foi o fato de a montadora ser fornecedora para todo o grupo, estar integrada às outras subsidiárias e fazer parte do sistema global de produção. “O mesmo produto que é fabricado aqui também é feito na Europa”, disse o presidente da Scania na América Latina, Hans-Christer Holgersson.
O lançamento do motor, com componentes brasileiros, visa também a atender à legislação ambiental – o propulsor cumpre as especificações de poluição do Conama 5 – e ainda proporcionar melhores condições de dirigibilidade. A partir deste mês, o produto começa a ser comercializado em todo o mundo. O caminhão equipado com o novo motor custa R$ 195 mil, preço cerca de 25% superior ao dos modelos concorrentes. Para convencer o cliente a comprá-lo, o fabricante ressalta a vantagem sobre o custo operacional e a durabilidade, além de velocidade média superior, que possibilita maior número de viagens.
Balanço – O presidente da Scania na América Latina comentou que está confiante na política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele disse que as ações desenvolvidas pelo governo dão maior estabilidade ao país e, por isso, acredita em crescimento sustentável. Por isso, Holgersson espera que, neste ano, o uso da capacidade instalada da montadora chegue a 75%, com a produção de sete mil unidades. A produção mundial, de janeiro a junho deste ano, totalizou 26.552 caminhões e ônibus, pouco mais da metade do total do ano passado, de 50 mil unidades. Em 2003, as vendas mundiais representaram faturamento de US$ 6,3 bilhões, ante os US$ 3,7 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. A margem de lucro operacional, por sua vez, chega a 10,7%, contra 10,1% obtidos no ano passado. Em todo o mundo, a companhia emprega 29.793 empregados, 681 a mais do que o contingente de 2003.
Em veículos pesados, a Scania é a montadora com a maior rentabilidade, garante o executivo. No mundo, a Scania produziu, até setembro, 1,2 milhão de caminhões desde que foi fundada. No Brasil, foram 150 mil unidades desde 1957.
O executivo destacou o sucesso das exportações da companhia nos últimos três anos, com 60% das vendas para a Europa Ocidental, 15% para América Latina e 10% para Europa Central. Em 2003, o maior mercado foi a Inglaterra, que absorveu 6.570 unidades.
Dos últimos dez anos, o ano recorde de produção da Scania Latin America foi o de 1997, com mais de 12 mil unidades produzidas.
Do total produzido pela Scania do Brasil, 55% são destinados à exportação. Os principais mercados são para países da América Latina: Argentina, Chile e México, além de outros mercados.
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