Centenas de militantes contra a pena de morte, além de membros de sua família e numerosos jornalistas e cinegrafistas esperavam Martínez no aeroporto.
A passagem de avião lhe foi oferecida por uma rede de televisão privada espanhola em troca da participação nesta segunda-feira em um programa de grande audiência.
Martínez, que sempre proclamou inocência, foi condenado em 1997 pelo assassinato perto de Tampa, na Flórida, Sudeste dos Estados Unidos, de um casal. A única prova contra ele era um vídeo, de péssima qualidade e audição técnica, filmado por sua ex-mulher, no qual confessava supostamente o crime.
A Corte Suprema da Flórida revogou a sentença em junho de 2000, alegando numerosas irregularidades naquele processo, e ordenou a reabertura do caso. Depois de um novo julgamento, o júri o declarou inocente de "todas as acusações", por falta de provas.
Martínez, que passou 1.144 dias no corredor da morte, deve grande parte de sua libertação à mobilização sem precedentes da opinião pública e das instituições espanholas, entre elas a do rei Juan Carlos, que lhe enviou um telegrama de felicitações, e do presidente de governo, Jose María Aznar, que demonstrou satisfação com o desfecho do caso.
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