O público paulista começa a assistir nesta quarta, no prédio da Fundação Bienal, às produções selecionadas para o Anima Mundi conhecendo já os premiados na avaliação do júri popular da versão carioca do festival de animações brasileiro, encerrado no Rio no fim de semana passado. Lá, a platéia escolheu seus favoritos na lista de 493 obras exibidas na Mostra Competitiva. E deu, na categoria restrita a trabalhos nacionais, Senninha em Dia de Mudança, dirigido por Mário Mattoso Neto e protagonizado pelo personagem infantil que herdou os cabelos armados e o macacão de Ayrton Senna. Outros filmes laureados: os australianos Harvie Krumpet (melhor curta) e Love Tricycle (curta infantil e melhor primeira obra); o alemão Wiscape (animação em curso); o francês Jurannessic (portfólio); e o sul-coreano There She Is! (internet). Os paulistas terão também sua chance de votar, ao fim do Anima Mundi.

Os premiados, bem como os demais 600 filmes de 43 países, estarão diluídos entre os 63 programas do festival em São Paulo. A mostra de caráter competitivo representa o grosso da programação, que ainda conta com retrospectivas das cinematografias animadas de Portugal, Espanha e Coréia do Sul. Esta última chamou a atenção pela quantidade de filmes inscritos (83) e motivou a criação de dois programas, um destinado a obras vindas do país asiático e outro, exclusivamente ao trabalho do animador Lee Sung-gang.

Entre filmes infantis e adultos, há também uma coletânea com filmetes pertencentes ao Cartoon Network, com episódios das séries As Meninas Superpoderosas, A Turma do Bairro e Megas XLR. E, evidentemente, há os longas-metragens, espécie representada por cinco obras, como o dinamarquês O Menino que Queria Ser Urso, o russo O Anão Narigão, o francês A Profecia dos Sapos e o norte-americano Cabelo em Pé, do diretor Bill Plympton, que por conta de suas temáticas e abordagens é considerado o “Michael Moore da animação”, nas palavras de César Coelho, diretor do Anima Mundi.

A cereja do sorvete, como sempre, são os artistas convidados. Tim Hill, roteirista da série Bob Esponja (Nickelodeon), está entre eles e ministrará um workshop a 70 felizardos. Também aterrissam na Bienal, com a finalidade de comandar bate-papos com o público, nomes como o russo Konstantin Bronzit e os britânicos Dick Arnall e Jonathan Hodgson.

Anima Mundi – Festival de cinema de animação. Desta quarta até domingo (dia 25), das 11h à 0h. Na Fundação Bienal São Paulo – parque Ibirapuera, portão 3. Tel.: 5574-5922. Ingr.: de R$ 2 a R$ 4 (entrada na Bienal) e de R$ 1,50 a R$ 5 (entrada nas salas de exibição). Informações: www.animamundiweb.com.br.