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Indústrias da região empregam mais que País
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
15/01/2008 | 07:03
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As indústrias do Grande ABC contrataram entre janeiro e novembro do ano passado quase três vezes mais trabalhadores que a média nacional. As empresas da região ampliaram em 6,06% o quadro de funcionários no período, enquanto o País aumentou em 2,1% as contratações.

O balanço do desempenho regional foi calculado ontem pelo Observatório Econômico de Santo André - com base nos números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Já o dado nacional partiu ontem do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O boa performance da indústria das sete cidades se deve ao forte crescimento dos setores automotivo e metalúrgico.

EXPLICAÇÃO
"A região abriu postos, principalmente, porque o mercado interno ficou fortalecido no ano passado. Com o crescimento da renda do consumidor, a inflação estável e as taxas de juros em queda não teve como o segmento não ampliar o número de oportunidades", relata o economista do Observatório, Moisés Pais dos Santos.

Além disso, ele explica que a baixa do câmbio acabou favorecendo a compra de matérias-primas e maquinários importados pelas indústrias da região, fazendo com que a produção e conseqüentemente o número de postos de trabalho aumentassem.

De acordo com Moisés, o setor automotivo gerou 2.001 novos empregos (entre montadoras e indústria de autopeças), a indústria metalúrgica empregou 2.495 trabalhadores e a indústria de material de transporte gerou 2.164 novas oportunidades.

BRASIL
Segundo o balanço do IBGE, o nível de emprego na indústria brasileira subiu 0,3% em novembro, na comparação com o mês anterior, sendo assim, a quinta taxa positiva na comparação entre meses consecutivos, acumulando crescimento de 2,4%, ou seja, entre julho e novembro de 2007.

Na comparação com novembro de 2006, o crescimento foi de 3,9%, o maior desde dezembro de 2004.

De acordo com o IBGE, as principais contribuições vieram de alimentos e bebidas, com 4,8%, meios de transporte, apresentando 11,8%, máquinas e equipamentos (10,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (12,1%).

AVALIAÇÃO
"Esse resultado é o mais alto desde dezembro de 2004. Isso é fruto dos investimentos feitos no setor e do atual cenário econômico", conta Denise Cordovil, economista da coordenação da indústria do IBGE.

Segundo ela, o crescimento do consumo do mercado interno foi o grande responsável pela geração de empregos no País.




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