Na quinta-feira à noite, o Estado-Maior das Forças Armadas Congolesas (FAC) divulgou em Kinshasa a tomada, pelos rebeldes e seus aliados, de outra localidade na regiao, Basankusu, também situada às margens de um afluente do Congo, o rio Lulanga.
Segundo as duas coalizoes que se enfrentam na República Democrática do Congo (RDC), os combates acontecem na frente Norte, na província do Equador, apesar do cessar-fogo, que teoricamente entrou em vigênvia no início de setembro.
As enchentes e as inundaçoes têm mudado a situaçao no terreno, onde em tempo normal as condiçoes de combate já sao particularmente duras para os soldados, pois a mata equatorial é densa e a malária prolifera-se com facilidade.
Os movimentos de tropas e material pesado sao difíceis neste ambiente e a soluçao mais viável é a navegaçao fluvial. Com as recentes cheias, novas vias de comunicaçao surgiram e localidades antes inacessíveis através dos rios podem ser alcançadas com embarcaçoes capazes de transportar soldados e material.
Esta sexta-feira, o porta-voz da RCD, Kin Kiey Mulumba, afirmou que a coalizao rebelde tinha ``um pequeno contingente em Bokungu e que o único meio de enviar reforços era aquela rota, pouco praticável nesse momento'. Desde a assinatura do acordo de cessar-fogo, em julho e agosto, em Lusaka, os dois lados se acusam mutuamente de ter provocado o reinício das hostilidades.
O acordo de Lusaka foi firmado pelos governos da RDC e seus aliados angolanos, zimbabuenses e namíbios, assim como pelos movimentos rebeldes congoleses, Ruanda e Uganda, que os apóiam militarmente, para pôr fim à guerra, que começou em agosto de 1998.
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