Economia Titulo Importação
Venda de carros importados cresce 6,8% no semestre

De janeiro a junho, foram comercializadas 12.955 unidades no Brasil; junho emplacou 449 carros a mais que maio

Antonio Rogério Cazzali
Do Diário do Grande ABC
15/07/2009 | 07:00
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As importações de veículos aumentaram 6,8% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008. As 11 empresas que compõem a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) - BMW, Chrysler, Dodge, Effa Motors, Ferrari, Jeep, Kia Motors, Maserati, Pagani, Porsche e SsangYoung - venderam juntas no semestre 12.955 contra 12.130 de 2008. Somente em junho, foram emplacadas 2.762 unidades, 449 a mais que em maio.

Como explica o presidente da entidade, Jörg Henning Dornbusch, desde julho de 2008, seis empresas passaram a integrar a Abeiva - Chana, Hafei Motor, Jaguar, Jinbei, Land Rover e Susuki - subindo para 17 o número de associadas. "Há três meses decidimos apresentar dois quadros comparativos, com as 11 costumeiras e com as 17 associadas no total, a fim de evitar distorções."

De acordo com o presidente da entidade, se isso não fosse feito, a Abeiva mostraria taxas de crescimento, mês a mês, o que não é o retrato fiel da realidade. "Em breve este número subirá para 19 associadas, com a entrada de mais duas empresas. Uma delas é a mini, do Grupo BMW, que, mesmo antes de chegar, já tem 1 mil unidades vendidas no País. Deveremos fechar 2009 com cerca de 20 associadas", explicou Dornbusch.

Levando-se em conta as novas filiadas, o montante sobe para 3.453 unidades emplacadas em junho, 26,25% mais em relação a maio, quando foram comercializados 2.735 veículos. Dornbusch revela que as compras no período foram 40% à vista, e 60% financiadas. "A tendência a médio prazo é de que as vendas financiadas cresçam, dada a estabilidade econômica e taxas de juros baixas. Apesar disso, a análise para a concessão do crédito é cada vez maior."

Em junho, o desempenho das vendas no atacado - que é a comercialização das importadoras para a rede de concessionárias -, apontou alta de 63,65% em relação ao mês anterior. Foram vendidas 3.242 unidades contra 1.981 veículos em maio. No comparativo semestral, 2009 apresentou ligeira queda ante 2008, assinalando 13.273 unidades contra as 13.513 comercializadas no período, no ano passado.

O presidente da Abeiva reforçou que a vinda de carros importados com maior valor agregado, entenda-se veículos com motores mais potentes, leves e de baixa emissão de poluentes, está condicionada à redução de impostos e concessão de benefícios por parte do governo para quem optar por este tipo de veículo. "Os impostos somados podem chegar a 100% do valor do automóvel importado, e quanto maior tecnologia embutida, mais caros são esses tributos."

Dornbusch afirmou que a expectativa do setor é fechar o ano com a comercialização de aproximadamente 40 mil unidades importadas no País.

Região ganhará concessionária Land Rover

O gerente de Marketing da Jaguar Land Rover, Gabriel Patini, disse que até março de 2010 o Grande ABC ganhará uma concessionária para a comercialização de caros da marca Land Rover.

"Acreditamos no poder aquisitivo da região, e nossa meta é comercializarmos 20 unidades mensalmente", afirmou o executivo. De acordo com Patini, os veículos da marca que serão vendidos na região custam de R$ 132 mil a R$ 370 mil.

Segundo ele, serão investidos cerca de R$ 4 milhões e haverá a abertura de aproximadamente 30 postos de trabalho. "Será uma unidade completa, com venda de veículos, acessórios e assistência automotiva."

Ele detalha que a intenção não é se restringir ao consumidor da região, uma vez que a experiência das lojas de importados mostra que o Grande ABC atrai o consumidor da região metropolitana de São Paulo.




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