Otávio Rodrigues continua internado no Hospital Santa Rita, em Arcos, e quando obtiver alta médica será transferido para a delegacia da cidade. Ele ficará, contou o delegado, na companhia de cinco ou seis presos. Rezende nao acredita que o aposentado estará correndo risco de vida, "porque só matou gente da própria família". O delegado afirmou que Otávio Rodrigues tem se comportado de maneira diferente e ao falar sobre os crimes chora muito.
Na sua primeira declaraçao, o assassino disse que se arrependia apenas da morte da mae, dona Leopoldina Cândida de Mendonça, de 82 anos. Ele, que chegou a afirmar que da sua lista faziam parte outras cinco pessoas, matou também a ex-mulher, a ex-sogra, o ex-cunhado e um irmao, ferindo o ex-cunhado Daniel Fernandes Dias.
Rezende nao tem dúvidas de que Otávio Rodrigues planejou as mortes. Segundo o delegado, desde que a ex-mulher do aposentado Maria Célia Dias, de 36 anos, passou a nao aceitar que ele descumprisse os acordos de visita aos filhos, a situaçao foi piorando entre o casal. O delegado acredita que Otávio Rodrigues já pensava nos assassinatos há cerca de 60 dias. A filha mais velha do casal, Suzana Dias Rodrigues de Oliveira, de 17 anos, contou em seu depoimento que sua mae ameaçava o aposentado com a revelaçao de que seu exame médico para motivo da aposentadoria foi falsificado.
Otávio Rodrigues teria sido aposentado por problemas mentais, mas o delegado nao acha que os exames tenham sido fraudados. "Suzana deve ter ouvido essa história da própria mae, mas ele nao é uma pessoa normal. Achamos na sua casa muitos remédios controlados e se ele fosse normal nao teria cometido esses crimes", destacou Rezende.
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