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Arruda: operaçoes poderiam ser liquidadas sem risco
Do Diário do Grande ABC
06/05/1999 | 14:45
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O presidente da CPI dos Bancos, senador José Roberto Arruda, disse nesta quinta-feira que os depoimentos do ex-presidente da Bolsa de Mercadorias e Futuros, Manoel Félix Cintra Neto, e do vice-presidente da entidade, Ney Castro Alves, mostraram que haviam garantias suficientes para que as operaçoes do Marka e do FonteCindam fosse liquidadas sem gerar risco ao sistema financeiro nacional. Ele afirmou que após os depoimentos dos donos do Marka e do FonteCindam, na próxima quinta-feira, a CPI terá condiçoes de fazer um relatório parcial e enviá-lo para o Ministério Público.

Segundo o superintendente da BM&F, Edemir Pinto, a carta de fiança do Banco Marka, depositada em garantia na Bolsa, correspondia a 5% dos R$ 72 milhoes do total das garantias. Ele disse ainda que o FonteCindam tinha uma carta de fiança de apenas R$ 3 milhoes, do Banco Crefisul, o que deixa evidente que uma liquidaçao dos contratos nao traria problemas para os bancos, que tinham cartas de fiança. As outras garantias dos bancos eram formadas por títulos públicos federais.

O superintendente disse que a BM&F nunca se preocupou com os eventuais riscos que a nao liquidaçao dos contratos de dólar poderia gerar para o sistema porque os gastos estavam plenamente cobertos e garantidos. Ele disse que só resolveu redigir a carta ao Banco Central, juntamente com Dorival Rodrigues, outro superintendente da BM&F porque acreditava em um risco para o mercado como um todo. No entanto, ele admitiu que jamais teria redigido esta carta se a ex-diretora do departamento de Fiscalizaçao do BC, Teresa Grossi, nao tivesse pedido.

Ele admitiu que a liquidaçao dos contratos dos dois bancos foi atípica e que esta foi a primeira vez na história da BM&F que uma negociaçao foi feita em mapas de fechamento e nao pelos sistemas normais de liquidaçao de contratos. Segundo ele, este procedimento só foi adotado porque foi ordenado pelo Banco Central, que é a entidade que normatiza o funcionamento da BM&F.




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