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Aids: 74 mi de pessoas entre 15 e 49 anos podem morrer até 2015
Da AFP
11/07/2004 | 17:31
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O diretor-geral da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o chileno Juan Somavía, disse que 48 milhões de pessoas em idade produtiva, entre 15 e 49 anos, poderão morrer de Aids até 2010, e 74 milhões até 2015, o que resultaria num duro golpe para as economias nacionais.

A Aids "não é somente uma crise humana. A perda de vidas e os efeitos da doença não vão provocar apenas a redução da capacidade de assegurar a produção e o emprego, de combater a pobreza e promover o desenvolvimento, mas representam também um peso para todas as sociedades, tanto as ricas como as pobres", segundo o relatório apresentado pela OIT na abertura da 15ª Conferência Internacional sobre a Aids.

Quarenta dos 50 países citados no relatório registraram índices da doença superiores a 2% da população em 2001. Outros cinco apresentaram casos de Aids entre 1,5% e 2% da população. Os cinco restantes registraram pelo menos 1 milhão de infectados. Desses países, 35 estão localizados na região da África subsaariana; oito, na América Latina e Caribe; e cinco, na Ásia. Dois deles são países desenvolvidos.

Atualmente, cerca de 36 milhões de pessoas em idade produtiva contraíram o vírus HIV. Até 2005, 28 milhões de pessoas vão morrer por causa da doença, segundo documento.

Até 2010, o número de mortes pode chegar a 48 milhões. Em 2015, o número de vítimas pode alcançar os 74 milhões.

A África concentra dois terços dos casos de Aids no mundo. Mas a Ásia também vem sendo muito afetada pela doença. Quase cinco milhões de pessoas em idade produtiva possuem a doença nesse continente, principalmente no Camboja, China, Índia, Birmânia e Tailândia, segundo a OIT.

Ao "reduzir a reserva de talentos e de experiência da população produtiva", a pandemia representa uma "ameaça direta" ao objetivo de reduzir para a metade do índice atual a pobreza e a fome antes do fim de 2015, estabelecido pela Cúpula do Milênio da ONU (Organização das Nações Unidas), em 2000, segundo o diretor dos programas da Aids na OIT, Franklyn Lisk.

Entre 1992 e 2002, a pandemia reduziu em 0,2% o crescimento anual do PIB (produto interior bruto) nos países mais afetados, o que equivale a uma perda de US$ 25 bilhões anuais.




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