O Batasuna, que foi colocado na ilegalidade, propõe abandonar "as receitas do passado", embora não condene de forma explícita e definitiva o uso da violência, segundo trechos do texto divulgados pela rádio.
Este documento destaca que "a responsabilidade política da esquerda nacionalista basca é tirar o conflito das ruas e levá-los à mesa de negociação". Intitulado "Agora o povo, agora a paz, contribuição para a resolução do conflito", o documento afirma o desejo do Batasuna de negociar um plano de paz "estável e duradouro" para superar "definitivamente o cenário de enfrentamento político e armado" no País Basco espanhol.
A divulgação do texto está prevista para domingo em San Sebastián por Arnaldo Otegi, porta-voz do Batasuna, partido declarado ilegal na Espanha em março de 2003. Ele expressou na terça-feira sua convicção de que o ETA está disposto "a que as armas calem".
Em carta publicada pelo jornal El Diario Vasco, três legisladores socialistas bascos espanhóis propuseram na sexta-feira uma revisão da ilegalidade do Batasuna e contatos com os presos da ETA caso o braço político se comprometa no caminho da paz.
A vice-presidente do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega, reagiu na sexta-feira à proposta afirmando que o Batasuna não deve se apresentar nas eleições até que não condene explicitamente a violência.
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