Para dar conta do aumento da demanda por produtos natalinos, a Coop (Cooperativa de Consumo) investiu R$ 10 milhões para reforçar os estoques de produtos perecíveis em dezembro. Segundo o presidente da rede varejista, Antonio José Monte, o movimento no último mês do ano é 20% maior do que no mês de novembro.

"Não podemos deixar o consumidor sem produtos, por isso investimos nos estoques. Com isso, nosso faturamento também cresce 20% no mês de dezembro. Este Natal deve ter vendas 7% superiores ao do mesmo período do ano passado", afirmou Monte.

Na véspera de Natal, os supermercados da região estavam abarrotados e a paciência foi posta a prova quando a rede de cartões das bandeiras MasterCard e RedeCard ficou fora do ar por cerca de uma hora. Segundo Edvagner Esgavioli, gerente da Coop Industrial, em Santo André, é comum que o sistema de cartões apresente falhas nesta época, pois a rede fica congestionada. "É preciso ter paciência em dobro", destacou.

O gerente justificou o movimento de última hora. "Como os produtos são perecíveis, o consumidor opta por comprar em cima da hora. Outro fator que também colabora é a falta de espaço para guardar as carnes típicas de Natal na geladeira, por isso, a dona de casa compra apenas na hora de preparar a refeição", explicou Esgavioli.

A auxiliar da Vara da Infância Maria Pivanti deixou para comprar os itens da ceia natalina na última hora. "Vou passar as festas na praia e não tinha onde guardar tudo, por isso deixei para comprar na véspera. Sabia que ia enfrentar filas e vim preparada para isso."

Para a comerciante Andréia Buenos, a paciência foi indispensável. "Ficar 45 minutos na fila não é agradável, mas fico mentalizando as boas energias do Natal", brincou.

Angelina Doravantes, dona de casa e moradora de Santo André, não comprou todos os itens da ceia. "Peguei apenas as coisas indispensáveis, pois gosto de aproveitar as promoções do dia 26. Os produtos ficam até 50% mais baratos", afirmou.