Para a entidade, as linhas de crédito são fundamentais para a sobrevivência das empresas no mundo globalizado porque possibilitam investimentos em aumento da competitividade. A meta da Fecomercio é ampliar a participação dos pequenos nos programas de financiamento do órgão. O valor do empréstimo no BNDES Automático é de até R$ 7 milhões, com prazo médio de 60 meses. As taxas de juros são compostas por TJLP mais spread básico de 1% a 2,5%, além do spread do agente de até 4% ao ano.
A assessora, no entanto, disse que a principal dificuldade do setor é encontrar no mercado agentes financeiros credenciadas pelo BNDES que efetuem os empréstimos. “A operação tem juros baixos e não é vantajosa para os bancos, que podem mudar sua política de atuação no mercado quando bem entenderem, independente do credenciamento.” A cartilha estará disponível nos sindicatos filiados à Fecomercio.
Segundo o vice-presidente da Região Metropolitana da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Ivan Cavassani, os recursos disponíveis para o comércio no mercado não chegam aos empresários por causa da burocracia. O presidente da Associação Comercial e Industrial de São Bernardo (Acisbec), Valter Moura, concorda. Para ele, o resultado dos programas nem sempre é positivo, já que as empresas que mais precisam de recursos são aquelas que estão endividadas e, por conta desta condição, já têm o crédito recusado.
O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires, Eduardo Antônio dos Santos Nogueira, afirmou que a dificuldade dos pequenos está ligada à gestão do negócio e não a recursos para novos investimentos. Para reduzir esse impasse, a federação aconselha que as empresas busquem orientações em consultorias especializadas antes de solicitar o financiamento. “Os empresários tomam empréstimos para resolver um problema e acabam encontrando outros.” As consultorias podem também ajudar as empresas na elaboração do projeto de viabilidade do crédito.
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