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Comércio de Mauá agrada aos moradores
Michele Loureiro
Especial para o Diário
22/07/2007 | 07:10
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Mauá é o 11º município do Estado em PIB (Produto Interno Bruto), tem quase 414 mil habitantes e a renda per capita é de R$ 12 mil.

Para os moradores, a cidade se define de modo mais simples. “Moro aqui desde criança e, apesar de todas as dificuldades, a cidade nunca me deixou faltar nada”, diz a moradora Maria Dulce da Silva, 59.

Quando o assunto é o comércio da cidade, os moradores parecem aprovar a Avenida Barão de Mauá, principal centro do município.

“Não tenho que sair de Mauá para encontrar o que procuro, é claro que quando quero produtos específicos como um vestido de noiva, por exemplo, vou a outros lugares, mas para compras do dia-a-dia não preciso me locomover”, diz a moradora Luziana dos Santos Lima, 39.

Os comerciantes da cidade também não reclamam do movimento. “Sempre morei em São Paulo e só vim para Mauá por saber do grande potencial econômico da cidade”, diz o dono da loja de calçados Boreal, Élvio Maziero.

Com o ponto instalado há apenas quatro meses na cidade, Maziero diz não ter do que reclamar. “O pessoal daqui tem origem muito humilde. Sempre paga tudo em dia e controla os gastos”, diz.

A doméstica Maria Antônia Cruz não entra nas lojas para fazer compras se não tiver o dinheiro em mãos. “Fazer dívida nem pensar, só saio de casa para pagar a vista. Se a gente não planejar direito acaba devendo, e isso nem pensar”, diz.

A comerciante Michele Matos Oliveira define o perfil dos consumidores da loja de bijuteria onde trabalha como gerente. “O movimento aumenta bastante na época de pagamento e em datas comemorativas, como Dia das Mães e Natal. A maioria das consumidoras paga a vista e gasta pouco, em torno de R$ 50. Mas existem também aqueles que gastam mais e pagam com cartão de crédito”, diz.

VARIEDADE

Apesar de agradar à população em geral, o comércio local recebe críticas. Alguns moradores reclamam da falta de variedade de lojas.

“Acho que Mauá parou de crescer, se acomodou. Ao invés de investir no comércio para atrair moradores de toda a região, ela parou no tempo e se contenta em servir o básico para a população”, diz a professora Antonieta Rubras.

O vendedor ambulante de algodão-doce Marcelo Silvino Alves, 34, se diz satisfeito com as vendas. “Aqui no Centro é fácil vender, sempre volto para casa sem nenhum algodão-doce. Tentar vender nos bairros mais afastados da cidade é perder tempo, o pessoal é mais humilde e não pode gastar dinheiro em nada fora do planejado.”

Com faturamento diário de, em média, R$ 30, Alves não pretende abandonar o negócio. “Eu e minha família fabricamos o algodão-doce há muitos anos. Enquanto alguém quiser comprar, estarei aqui para vender”, diz o comerciante. (Supervisão de Leda Rosa)



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