O PT de Diadema postergou anúncio oficial da nova composição da executiva para os próximos quatro anos, apesar de já ter registrado os nomes que farão parte da direção partidária a partir do ano que vem. O adiamento é reflexo da falta de consenso na legenda, divisão essa que ficou escancarada no PED (Processo de Eleição Direta), quando houve quatro candidatos à presidência da sigla, alguns do mesmo grupo político.

Na sexta-feira à noite, houve reunião para encaixar as forças políticas da legenda nos 13 cargos da executiva, que será presidida pelo ex-prefeito Mário Reali. Em horas de discussão, o que se conseguiu foi uma pré-montagem diretiva, que pode não ser seguida em encontros agendados para esta semana exclusivamente para tratar sobre o tema.

Nenhum grupo político quer perder participação no processo de reconstrução do PT, que deixou o comando da Prefeitura após 30 anos de gestões consecutivas de prefeitos oriundos do petismo – período que começou com a administração de Gilson Menezes (hoje no PSB), em 1983.

Apesar de haver pluralidade das alas internas na composição da executiva, essas alas duelam pelos postos de maior destaque na legenda, como vice-presidência, tesouraria e secretaria-geral. O preenchimento desses postos é vital para fortalecimento dos blocos na eleição do ano que vem e, principalmente, para 2016, quando o partido tentará recuperar o comando de Diadema e emplacar bancada robusta de vereadores.

Dos cargos, dois já estão definidos: o presidente Reali e o líder da bancada de vereadores, com José Antônio da Silva. Ambos integram o mesmo grupo político, que tem como liderança o ex-prefeito José de Filippi Júnior, atual secretário de Saúde do governo de Fernando Haddad, na Capital.

Na executiva, também fazem parte do bloco interno de Filippi os ex-secretários municipais Fatinha Queiroz e João Garavelo, o ex-vice-prefeito Joel Fonseca e os militantes Antônio Sales (que no PED apoiou o ex-vereador Francisco Alexandre da Costa, o Chico PT), Salete Henrique de Oliveira, Roldão de Almeida, Luciana Vespa e Analdeci Moreira.

A Articulação de Esquerda terá três nomes: Roseli Aparecida, Bruno de Souza e Licio Lobo, ex-secretário da gestão Filippi e candidato derrotado a presidente estadual do partido – disputa vencida pelo ex-prefeito de Osasco Emidio de Souza. A corrente lançou a ex-vereadora Irene dos Santos ao comando municipal do petismo, e a ex-parlamentar ficou na segunda colocação da corrida eleitoral interna.

Já o bloco que apoiou a candidatura do ex-secretário de Cultura Júlio Tavares apresentou o nome de Eliana Militão à executiva.