O novo governo de emergência palestino, dirigido pelo economista independente Salam Fayad, prestou juramento este domingo no quartel-general da Autoridade Palestina, em Ramallah (Cisjordânia), ante o presidente Mahmud Abbas.
"Juro por Deus ser fiel à pátria, ao povo e a sua herança nacional, respeitar as leis e a constituição e velar plenamente pelos interesses do povo", prometeu o novo primeiro-ministro.
O governo conta com 11 ministros, além de Fayad. Outros ministros serão nomeados posteriormente, anunciou o secretário-geral da presidência, Tayad Abdelrahim.
Abbas decretou estado de emergência e dissolveu o governo de unidade nacional anterior, depois de uma semana marcada pelos confrontos na Faixa de Gaza entre o Fatah e o Hamas - que agora tem o controle da região.
Na noite deste sábado, Abbas assinou decreto que consolida o novo governo de emergência.
Pedido - O novo primeiro-ministro palestino, Salam Fayad, insistiu, neste domingo, na "unidade" da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, controlada desde sexta-feira pelos islamitas do Hamas, na cerimônia de posse de seu governo em Ramallah.
"Insistimos na unidade orgânica, administrativa e política dos dois componentes da pátria, Faixa de Gaza e Cisjordânia", afirmou Fayad, economista que tem a confiança do Ocidente, em seu primeiro pronunciamento à nação.
Dirigindo-se aos habitantes de Gaza, Fayad afirmou que seu gabinete atuará "para pôr fim à anomalia causada por acontecimentos desonrosos", em referência à tomada de poder pelo Hamas.
Apoio internacional – O Quarteto de intermediadores dos conflitos no Oriente Médio, do qual fazem parte Estados Unidos, Rússia, UE (União Européia) e ONU (Organização das Nações Unidas), declarou que apóia a medida tomada por Abbas.
O governo americano se dispôs a suspender o embargo à Autoridade Palestina, vigente há 15 meses desde que o Hamas conseguiu maioria parlamentar nas eleições legislativas no ano passado.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.