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Fundação ambiental no ABC terá investimento de R$ 4 mi
Niceia de Freitas
Do Diário do Grande ABC
25/09/2004 | 16:59
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A Basf, empresa do setor químico, lançou nesta sexta a pedra fundamental da Fundação Espaço Eco, localizada no complexo industrial de tintas e vernizes, em São Bernardo, constituída por uma PPP (Parceria Público-Privada) para abrigar o primeiro Centro de Excelência para Ecoeficiência na América Latina. No projeto serão investidos R$ 4 milhões até 2009, dos quais 50% da Basf e o restante dividido entre outros dois parceiros, a GTZ (agência do governo alemão para cooperação internacional) e a Unido (Organização para Desenvolvimento Industrial da ONU). A iniciativa também tem o apoio da Prefeitura da cidade, Sesi e Senai.

A Basf doou 290 mil metros quadrados de terreno, uma área que integra os 600 mil metros quadrados do complexo industrial. No local serão construídos quatro blocos, dos quais a previsão é de que as obras de três deles comecem a partir do início de 2005.

O presidente da Basf, Rolf Dieter Acker, disse que a companhia é reconhecida em todo o mundo como empresa responsável por causa das suas ações voltadas ao meio ambiente. “Pelo quarto ano consecutivo, as ações da Basf foram incluídas no Índice de Sustentabilidade Dow Jones (na Bolsa de Nova York)”, acrescentou.

O objetivo da Fundação será oferecer às empresas metodologia de análise de ecoeficiência, estudo que permite descobrir as melhores formas de os produtos fabricados provocarem menor impacto no meio ambiente. Essa capacitação possibilita agregar vantagem competitiva ao produto e às empresas que fazem uso dele.

As análises serão realizadas pelo Centro Regional de Ecoeficiência e vão comparar produtos e processos a fim de avaliar o que é mais ecoeficiente, ou seja, aqueles que mais satisfazem aos requisitos econômicos, sociais e ambientais. Segundo o diretor industrial Vitor Seravalli, essa análise tem como base a metodologia de avaliação do ciclo de vida dos produtos e processos de acordo com conceitos que combinam requisitos ambientais, avanços econômicos e necessidades sociais.

Menor impacto - Os estudos vão revelar às empresas quanto os produtos fabricados podem ser mais baratos, econômicos e possibilitar menor impacto ao meio ambiente com a introdução de novas tecnologias. As informações dos produtos serão analisadas por algumas variáveis como a avaliação da matéria-prima no processo de fabricação, uso racional de energia, de emissões para a atmosfera e grau de toxicidade do produto para avaliar potencial de risco. “O produto vai ser mais ecoeficiente se oferecer menos risco”, explicou Seravalli.

As instituições parceiras têm interesse em dar suporte às pequenas empresas e ajudar países em desenvolvimento. “Além do aporte financeiro inicial, as entidades emprestarão toda experiência sobre questões relacionadas ao desenvolvimento social, ambiental e econômico acumulada durante décadas de atuação em diversos países”, acrescentou.

A Fundação Espaço Eco também tem acordo de cooperação em projetos de reflorestamento e educação ambiental com Prefeitura de São Bernardo, Sesi, Senai e inclui cursos técnicos. A entidade vai atuar com a Prefeitura por meio do programa de jovens para identificação de espécies e manejo de mudas.

As questões ambientais fazem parte da política de atuação da Basf. Em 2003, a empresa investiu R$ 11 milhões em ações e iniciativas de proteção ambiental, 50,3% a mais do que o volume do ano anterior, que foi de R$ 7,32 milhões. Do total investido em 2003, R$ 10,9 milhões foram direcionados para as atividades da empresa no Brasil.




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