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Mundu roda de casa nova
Marília Tiveron
Especial para o Diário
21/08/2010 | 07:01
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Eles são atores, músicos e bailarinos. São pesquisadores de olhares inquietos e amantes das danças tradicionais brasileiras. Esses são Alício Amaral e Juliana Pardo, fundadores da Cia Mundu Rodá de Teatro Físico e Dança.

O casal está em festa, já que em 2010, a companhia completa dez anos e de presente foi contemplada em edital público de São Bernardo com uma residência artística, uma sede onde, durante sete meses, o grupo poderá compartilhar as pesquisas e criações de uma década. O local oferecido é a Câmara de Cultura Antônio Assunção.

O espaço foi dividido em quatro ‘territórios': formação (compartilhamento de processos didáticos e técnicos através de oficinas), conexão (troca de informações e experiências com grupos parceiros), criação (utilização da Câmara para a montagem de novos espetáculos) e apreciação (exposição do repertório da companhia através de vídeos, ensaios abertos interativos e demonstrações técnicas).

Uma programação especial foi preparada para a estadia do grupo na Câmara de Cultura e inclui palestras, oficinas e encontros. O primeiro convidado das atividades é o diretor Viliam Docolomansky que apresenta hoje, às 17h, os princípios básicos de seu Estúdio Internacional de Teatro Físico Farm in Cave, sediado em Praga, na República Tcheca.

O convite para visitar a casa provisória do grupo é aberto ao público em geral e à classe artística que poderão conhecer outras possibilidades de trabalho com dança, teatro e música que fogem à linguagem comum.

Isso porque a criatividade exala do Mundu Rodá de Amaral e Juliana. São dez anos de observação, vivências, contatos e viagens que resultaram na construção de uma linguagem cênica própria, na qual as corporeidades brasileiras são o foco.

"Durante esse tempo, conseguimos criar, de uma forma mais clara, o caminho que podemos traçar daqui para frente. Percorremos o desconhecido e agora enxergamos as coisas mais sólidas, mais maduras", explica Amaral.

O trabalho de campo fomenta a criação dos espetáculos. Os movimentos, as técnicas e os sons foram vivenciados pelos fundadores. Um dos exemplos é o cavalo marinho, dança feita por trabalhadores agrícolas da Zona da Mata Norte de Pernambuco, onde o casal morou de 2000 a 2004. Outros estilos estudados foram o frevo e o batuque paulista de umbigada.

Outras atrações da programação: Demonstração Técnica (dia 27, às 20h30), Samba Perêia (dia 28, às 14h) e Oficina de Montagem (de 8 de setembro a 8 dezembro). A Câmara de Cultura fica na Rua Marechal Deodoro, 1.325, São Bernardo. Informações pelo telefone 4125-0054.




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