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EUA aumentarão número de soldados para eleições no Iraque
Da AFP
02/12/2004 | 10:41
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Os Estados Unidos anunciaram que pretendem aumentar o número de militares no Iraque com o objetivo de garantir a segurança das eleições de 30 de janeiro, ao mesmo tempo que o primeiro-ministro iraquiano, Iyad Alawi, tenta mobilizar seus compatriotas a votar.

O número de militares americanos no Iraque passará de 138 mil a 150 mil entre o final de dezembro e o início de janeiro, graças à prorrogação da missão de algumas unidades e ao envio de novas tropas, sobretudo pára-quedistas, anunciou o Pentágono na quarta-feira.

A operação das forças americanas e iraquianas debilitou a rebelião em Fallujah, segundo as autoridades americanas. Nos últimos dias, a calma reinou na cidade sunita conservadora, que fica 50 km ao oeste de Bagdá, com exceção de alguns focos rebeldes.

A incursão contra Fallujah e as ofensivas contra os guerrilheiros em outras regiões do país custaram a vida de 134 soldados americanos em novembro.

Alawi, que visita a Jordânia, se reuniu na quarta-feira com dezenas de chefes de tribos, políticos e empresários, em sua maioria sunitas, em um grande hotel sob fortes medidas de segurança de Amã. O premiê incentivou todos a participar da votação. O primeiro-ministro deve visitar ainda a Alemanha e a Rússia nos próximos dias.

Os dois grandes partidos curdos, a União Patriótica do Curdistán, de Jalal Talabani, e o Partido Democrático do Curdistão, de Masud Barzani, que controlam o norte do Iraque, decidiram esquecer sua rivalidade e formar uma lista comum para as eleições.

Já o presidente sunita Ghazi al-Yauar defendeu a manutenção da votação para a data prevista, apesar dos pedidos de adiamento de seis meses de organizações moderadas, que alegam insegurança.

Uma conferência ministerial sobre a segurança no Iraque, reunida em Teerã, encerrada na quarta-feira, pediu uma maior cooperação regional contra a guerrilha, mas não obteve muitos resultados concretos.

Os ministros do Interior do Iraque, Irã, Arábia Saudita, Kuwait, Síria, Turquia, Jordânia e Egito insistiram em seu comunicado final na "soberania, independência e integridade territorial do Iraque, assim como no direito do povo iraquiano a uma vida estável e segura".

Esta quinta-feira, uma pessoa morreu e 11 ficaram feridos no disparo de um obus perto do centro de Bagdá, informaram fontes médicas e testemunhas.

O artefato explosivo atingiu uma casa que estava sendo construída na região de Karrada, matando um funcionário da construção civil e ferindo outras 10. Uma segunda bomba caiu a poucos metros de distância, ferindo outra pessoa.

Mais cedo, vários projéteis explodiram ao redor da "Zona Verde", perímetro de segurança que abriga a sede do governo iraquiano interino e as representações diplomáticas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha.

Na quarta-feira, seis iraquianos, quatro guardas nacionais e dois civis, além de dois caminhoneiros turcos, morreram em diversos ataques ao norte de Bagdá.




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