D+ Titulo Edição 205
Minha primeira vez

Nem bicho de sete cabeças nem conto de fadas: não existem regras para a primeira experiência sexual; cada um tem a sua

Caroline Ropero
Marcela Munhoz
24/03/2013 | 07:00
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"Minha primeira vez foi com o cara que amo, na hora certa e sem pressão". "Não gostei, ele era bruto". "Foi na escada de um prédio". "Foi com uma amiga quando tinha 14 anos. Agora quero com um menino." "Tenho 14 anos e quero perder a virgindade, mas não com meu namorado." "O nervosismo atrapalhou." "Pretendo ser virgem até o casamento". "Perdi a virgindade com uma prima". "Quero deixar de ser virgem com uma mulher que me ensine." "Me arrependo de não ter usado camisinha." "Foi aos 15 anos e eu não gostei", conta Ronny Kriwat, 26 anos.

Divulgação

Embora só a última frase tenha nome, as outras são igualmente reais e foram retiradas do www.aminhaprimeiravez.com.br. versão brasileira do myfirsttime.com. O site, criado em 1998, serviu de inspiração para o produtor Ken Davenport, cuja peça foi encenada em mais de 25 países.

Ronny está no elenco brasileiro de Minha Primeira Vez (junto a Emiliano d'Avila, Luana Martau, Gabriella Vergani, Ian Soffredini e Tammy Di Calafiori), em cartaz no Teatro Folha, em São Paulo, às sextas, aos sábados e domingos até 30 de junho. "Esquetes românticos, cômicos, violentos ou dramáticos conduzem o público a desmistificar a primeira relação sexual e a pensar na próxima vez", analisa o diretor, Isser Korik.

"Assustei com o convite, afinal contracenar e falar de sexo com pessoas que nunca vi antes não é fácil. Mas trabalhamos os depoimentos e anexamos histórias brasileiras", conta Ronny, que sente que o público se identifica com as situações. "Lemos trechos das experiências da plateia e, nessa hora, saímos dos personagens."

As primas Clara, 13, e Laura Bing, 14, assistiram à peça e gostaram. "Mostra bem o que deve acontecer na vida real, é engraçado", diz Laura. Clara até ficou constrangida por estar com os pais, mas deixou a timidez de lado ao longo do espetáculo. "Não costumo conversar com eles (os pais) sobre o assunto, mas foi tranquilo."

 

SEXO AINDA É TABU

Independentemente de como rola, a primeira experiência sexual é importante. Pode determinar o que virá. É por isso que gera dúvidas e medos. Para alguns especialistas, perder a virgindade tem a ver com a penetração, não necessariamente com o rompimento do hímen. Para outros, é relação que vai além de beijos e amassos.

O que importa é que a primeira vez vai acontecer. Não tem idade para rolar nem roteiro para seguir, mas exige paciência, como tudo na vida. "É processo de aprendizagem, por isso, não necessariamente vai ser perfeito como imaginado, mas é melhor que seja uma boa lembrança", explica a psicóloga Maria Regina Azevedo, professora da Faculdade de Medicina do ABC. A principal dica é: sinta-se preparado!




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