Política Titulo Editorial
Educação em xeque
Do Diário do Grande ABC
24/09/2018 | 08:24
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É de assustar a notícia publicada como manchete deste Diário de que, nos últimos cinco anos, a rede estadual de ensino perdeu nada mais, nada menos, do que 45 mil alunos no Grande ABC. Isso mesmo: 45,6 mil alunos, ou 15% da quantidade dos matriculados geridos pelo governo do Estado, deixaram de frequentar as salas de aula nas sete cidades. Pelo levantamento da Secretaria de Educação, entre 2013 e 2018 o volume de estudantes caiu de 299.948 para 254.265.

Fato é que a redução do número de estudantes reflete em série de consequências, como, por exemplo, diminuição do tamanho das turmas e fechamento de salas de aula. É o que apontam os especialistas, que veem também a evasão escolar e a redução de nascimentos como causadores deste cenário.

É evidente que não se pode ignorar a queda – de 1,3% ao ano, desde 2008 – da população de 6 a 17 anos, segmento elegível para a Educação Básica (Fundamental ao Médio), como revelado pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados). Mas são necessárias medidas para evitar, ao menos, o fechamento de salas de aula e a evasão.

E nada melhor do que uma boa conversa com os principais interessados, os alunos, para saber quais são suas demandas e, assim, evitar que percam a oportunidade de adquirir conhecimento. Há de se louvar aí a iniciativa da direção da EE Vila Magini II, em Mauá, que, ao ver os indicadores de evasão aumentarem, ainda em 2015, dialogou com os estudantes e abriu duas turmas no período da tarde do 1º ano do Ensino Médio, atendendo aos pedidos dos mesmos. Resultado: classes lotadas com 35 alunos.

É claro que o caso acima – já resolvido, felizmente – é pequeno se comparado aos problemas encontrados nas redes de ensino estadual e municipal. Mas ela serve de exemplo ao gestores/governantes para mostrar que, sim, é possível encontrar maneiras de manter o interesse do aluno na Educação. Basta vontade. 




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