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TV: Pearl Harbor 60 anos depois do caos
Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC
26/05/2001 | 15:15
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Passados 60 anos, ocorre um novo bombardeio sobre Pearl Harbor. O ataque surpresa ao porto naval norte-americano no Havaí, comandado pela força aérea japonesa em 7 de dezembro de 1941, volta à mídia com um documentário e um novo longa-metragem sobre o fato que levou os Estados Unidos à Segunda Guerra.

Neste domingo, o canal por assinatura National Geographic (Sky e Net) estréia em todo o mundo e no Brasil o documentário Pearl Harbor: Legado do Ataque, às 21h. A atração mostrará uma expedição subaquática a um dos navios afundados, o USS Arizona, e a busca ao minisubmarino secreto japonês. No dia 1º de junho, chega ao Brasil Pearl Harbor, longa de Michael Bay que entrou em cartaz sexta-feira passada nos Estados Unidos, com carga máxima de efeitos visuais e sentimentais.

Analisar o ataque a Pearl Harbor do ponto de vista de submarinos, perspectiva pouco estudada, é o tema do documentário do explorador Robert Ballard, o mesmo que localizou o Titanic. O historiador Stephen Ambrose, consultor de Steven Spielberg no filme O Resgate do Soldado Ryan, dá o tom emocional reunindo relatos de sobreviventes norte-americanos e japoneses.

Ecologia é outro ponto de vista. O USS Arizona vaza cerca de 4 litros de combustível por semana, fenômeno também conhecido como “lágrimas” ou “sangramento”. Estima-se que ainda haja 2 milhões de litros de combustível em seus tanques e sua retirada provoca o seguinte dilema: proteger o ecossistema ou a emoção de um túmulo naval?

A data do ataque à frota naval norte-americana no porto da ilha de Oahu, sem declaração de guerra, foi chamada de “dia da infâmia” pelo então presidente Franklin Delano Roosevelt. O país deixou sua neutralidade (Hitler, até então, era visto como problema europeu) e declarou guerra ao Eixo, a aliança entre a Alemanha nazista, a Itália fascista e o Japão imperial.

O ataque começou às 7h55 e durou 120 minutos com perdas significativas para a Marinha norte-americana. Mas a estratégia japonesa foi desastrosa. A missão atingiu 18 embarcações de guerra e afundou ou danificou oito. Foram destruídos 188 aviões e danificados outros 159. Morreram 2.009 marinheiros (1.177 só no Arizona, que recebeu oito bombas), 109 fuzileiros navais, 218 soldados e 68 civis. Os japoneses atacaram com mais de 350 caças Zero, perderam uma centena de pilotos e 29 aviões.

 Porém, o principal objetivo, os aviões e os porta-aviões, não estava no porto. Muitos navios danificados voltaram a navegar, como o USS West Virginia, torpedeado sete vezes e atingido por duas bombas, que esteve presente na rendição do Japão em 2 de setembro de 1945. Outro detalhe desse capítulo é que o primeiro tiro não teria partido dos japoneses, já que o destróier USS Ward afundou em mar aberto um minisubmarino secreto horas antes do ataque aéreo. Seu alerta, porém, não foi tão incisivo.




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