A crise política no São Paulo chegou ao campo. Ou, ao menos, à beira dele. Ontem, o técnico Juan Carlos Osorio afirmou que não confia na diretoria do clube e não descartou deixar o cargo após o confronto com o Vasco, pela Copa do Brasil, na quarta-feira.

“Pelo que fizeram com o elenco e os desfalques, não (confio na diretoria)”, chiou o colombiano, fazendo alusão à saída de diversos jogadores do grupo, entre eles Denilson e Rafael Toloi, após sua chegada. Nas tratativas, antes de acertar, dirigentes esconderam dele a situação financeira delicada do clube, que precisou se desfazer de atletas para saldar dívidas. Isso acabou chateando o treinador.

“Gostaria muito de ganhar contra Palmeiras e Vasco, sentar e tomar a melhor decisão”, desabafou Osorio, que afirmou ter recebido ofertas para deixar o Tricolor. Uma delas foi a da seleção do México, que disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

“O México é uma seleção de elite, com grandes possibilidades de ir ao Mundial. Quero ir a um Mundial e não posso negar que houve conversas. Agora, meu coração está aqui (São Paulo). No domingo (amanhã) também. No outro (3 de outubro), não sei. A qualquer técnico, a possibilidade de ir a um Mundial seduz. É o ponto mais alto da carreira de um treinador. Como a Liga dos Campeões da Europa. É minha inquietude, minha pergunta de todos os dias: onde estarei nos próximos anos? Pode ser, pode não ser”, afirmou o comandante são-paulino.