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Brasil joga por outra decisão interna da Libertadores
Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
24/07/2006 | 08:15
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Pela segunda vez na história, em 47 edições, a Copa Libertadores da América caminha para uma final entre equipes do mesmo país. São Paulo e Internacional podem fazer mais uma decisão seguida entre times brasileiro caso passem, nas semifinais, por Chivas (México) e Libertad (Paraguai). Em 2005, o São Paulo decidiu o título com o Atlético-PR e levou a melhor. Coincidentemente, uma das partidas foi disputada no estádio Beira Rio, que pertence ao Internacional, em Porto Alegre, e terminou com empate por 1 a 1. Na volta, no Morumbi, o São Paulo goleou por 4 a 0 e obteve o terceiro título da competição, um recorde entre os brasileiros.

Para a garantia de uma final doméstica, São Paulo e Internacional terão desafios perigosos na semifinal. Na quarta-feira, o São Paulo faz em Guadalajara (México) a primeira partida diante do Chivas, para o qual perdeu duas vezes na fase inicial de 2006. Os mexicanos acabaram com uma invencibilidade de 30 jogos do São Paulo no Morumbi, mantida durante 19 anos.

Já o Internacional, que chegou somente uma vez à decisão (perdeu em 1980 para o Nacional, em Montevidéu), começa a série contra o Libertad na quinta-feira, em Assunção. O Libertad é a surpresa da competição, pois nas quartas-de-final eliminou o River Plate, da Argentina.

Disputar semifinal contra time paraguaio é um estigma que o time gaúcho tentará quebrar. Na Libertadores de 1989, treinado por Abel Braga, o seu técnico atual, o Internacional foi eliminado pelo Olimpia, que conquistaria o título daquela temporada. A desclassificação ocorreu em pleno Beira Rio, após derrota por 3 a 2 no tempo regulamentar e nos pênaltis por 5 a 4. Ao contrário do Olimpia, três vezes campeão, o máximo que o Libertad conseguiu no torneio foi chegar à semifinal em 1977.

Mesmo que consiga mais um título, o futebol brasileiro ainda ficará distante dos rivais argentinos, que têm 19 Libertadores – sete do Independiente, cinco do Boca Juniors, três do Estudiantes, duas do River Plate, uma do Velez Sarsfield e outra do Argentino Juniors. O Brasil tem 12 conquistas – três do São Paulo, duas do Santos, duas do Grêmio, duas do Cruzeiro, uma de Palmeiras, uma de Vasco e outra de Flamengo. Em seguida, aparece o Uruguai, com os cinco títulos do Peñarol e três do Nacional; o Paraguai, com os três títulos do Olimpia; Colômbia, com o Atlético Nacional Medellín e o Once Caldas, e o Chile, com o Colo Colo.

Mundial – O sonho de representar o Brasil no 3º Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, no Japão, está mais próximo do Internacional do que do São Paulo, atual campeão. Se passar pelo Libertad, o Internacional estará garantido desde que o Chivas elimine o São Paulo. A Concacaf, entidade na qual o México está filiado, já tem o seu representante. É o América, que derrotou o Toluca, também do México, na decisão da Copa Concacaf (Confederação Centro-Americana e do Caribe do Futebol).




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