Entre as atrocidades inclusas no relatório estão o suposto assassinato de oito garotos que riram de soldados do Talibã, uma família inteira que teria sido queimada viva e a chacina de 100 afegãos, que tiveram seus corpos pendurados em postes para alertar possíveis infratores das rígidas leis talibãs. O memorando fala ainda da captura de Kabul pelo Talibã, em 1996, quando o presidente Burhanuddin Rabbani foi deposto e teve seu irmão torturado e assassinado pelos milicianos, segundo o Departamento de Defesa dos EUA.
O relatório divulgado por Washington fala ainda sobre o assassinato de 600 uzbeques pelo Talibã em 1998; a execução de homens e garotos e o estupro de mulheres e garotas na tomada de Mazar-i-Sharif, também em 1998 (de acordo com a ONG internacional Human Rights Watch); e a execução de pelo menos 170 homens em Yakaolang, em 2001, ainda segundo a Human Rights Watch.
"Esta lista das atrocidades da Al Qaeda representa a visão de sociedade que eles esperam exportar para outras partes do mundo", disse o diretor-adjunto de Comunicação da Casa Branca, Jim Wilkinson. "É importante destacar a visão deles para que o povo possa ver o quão perturbadora ela é", prosseguiu.
A divulgação das "atrocidades" foi feita por meio do 'Centro de Informações da Coalisão', um órgão criado pelos EUA para divulgar notícias sobre o Talibã e a Al Qaeda, na tentativa de conquistar a simpatia da opinião pública internacional (especialmente dos países muçulmanos) em sua ofensiva militar contra o terror.
O mais recente posto do 'Centro de Informações da Coalisão', aberto esta semana, é o de Islamabad, no Paquistão, país vizinho ao Afeganistão que vem dando total apoio e suporte aos EUA na guerra. O administrador do escritório, Kenton Keith, é um antigo embaixador americano no Qatar. Ele concede coletivas diárias sobre a coalisão, de segunda até sexta-feira.
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