O Grande ABC terá avanços significativos nos próximos meses nas áreas de Saúde e Transporte, dois gargalos que têm sido enfrentado com dificuldade pelos administradores públicos nos últimos anos. Anúncios feitos ontem garantem que São Caetano ganhará megacomplexo de Saúde e São Bernardo terá ligação direta à Estação Tamanduateí do Metrô por meio de monotrilho (ou Metrô Leve).

No caso de São Caetano, a Prefeitura aguarda apenas aprovação de crédito, no valor de R$ 30 milhões, pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para colocar em prática o projeto que prevê a ampliação de pelo menos 40% do complexo, espaço que atualmente abriga o Hospital Maria Braido e o Infantil Márcia Braido. Não há previsão de contrapartida do município para a obra.

O projeto arquitetônico prevê a construção de dois anexos: um será para o Hospital da Mulher e outro, conjunto de enfermarias de internação, com cinco andares. Os anexos, em área de 6.000 metros quadrados, serão construídos onde hoje está o estacionamento do complexo, entre a Rua São Paulo e a Avenida Vital Brasil Filho. Com isso, os carros passarão a ficar no subsolo do hospital.

Mais leitos - Ao todo, a Saúde de São Caetano ganhará 74 leitos, passando de 164 para 238, número que abrange também o hospital de emergências. "Caso o crédito seja aprovado, esse projeto será o maior da administração e teremos um dos maiores hospitais municipais da Região Metropolitana", explica o prefeito de São Caetano, José Auricchio Junior (PTB).

De acordo com a Prefeitura, resposta verbal positiva já foi dada pelo BNDES, com a pré-aprovação do crédito. "O projeto já está em fase de se tornar lei, assim que encaminharmos para o Legislativo. Tendo esse crédito até junho e a licitação até setembro, em outubro as obras devem ser iniciadas", afirma a assessora especial de coordenação da Ação Social, Regina Maura Zetone Grespan.

A assessora explica que o Hospital da Mulher contará com setor neonatal, atendimento 24 horas de ginecologia e pré-parto - os partos hoje são realizados no Márcia Braido que, com a mudança, passará a ser utilizado apenas para as demais cirurgias. Já o outro anexo terá enfermarias de internação e leitos de clínica médica e cirúrgica, de diversas especialidades. "Uma projeção prevê também um espaço para a realização de quimioterapia", salienta Regina. A UTI neonatal passará de seis para dez leitos.

A Secretaria de Saúde também sofrerá mudanças. A Pasta passará a funcionar no novo espaço. Dessa forma, o 4º andar do Maria Braido - onde hoje funciona a secretaria - será ocupado pela direção clinica e médica do complexo. No 2º andar do Márcia Braido será instalada a internação-dia, para pacientes que passam por cirurgia e são liberados poucas horas depois. (Colaborou Beto Silva)