Economia Titulo Indústrias
Sindicatos e empresas discutem redução da jornada
12/03/2010 | 07:00
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Sindicalistas de várias categorias reúnem-se hoje com dirigentes patronais na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para negociar a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40, sem corte de salários. O encontro está previsto para as 10h30.

A redução da jornada de trabalho tramita há 15 anos no Congresso e, neste ano, as centrais e os sindicatos aumentaram a pressão pela votação da Proposta de Emenda Constitucional 231/95, que trata do assunto.

As entidades argumentam que com menos horas trabalhadas cerca de 2 milhões de empregos serão criados. A proposta já foi aprovada por uma comissão especial da Câmara e precisa ser votada em dois turnos pelo plenário.

"Enquanto o Congresso Nacional não vota a redução da jornada, estamos mobilizando os trabalhadores em todo Estado de São Paulo e buscando a negociação direta com os sindicatos patronais e as fábricas", afirma Claudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo.

RESISTÊNCIA - A PEC que trata da redução enfrenta resistência no Legislativo e das empresas. O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), defende uma proposta intermediária: redução para 43 horas em 2011 e para 42 horas em 2012.

Em declaração recente, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, argumentou que diversas experiências internacionais mostram que o objetivo do projeto - aumento dos postos de trabalho - não será alcançado. Também disse que a redução do período semanal de trabalho de 48 para 44 horas, estabelecida pela Constituição de 1988, não criou um emprego.

Além disso, Skaf defende que essa discussão não deve ser feita em ano eleitoral, mas sim adiar os debates para depois das eleições.




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