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Fuga de Sussuquinha custou até R$ 700 mil, diz Garotinho
Do Diário OnLine
12/06/2003 | 15:02
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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, afirmou nesta quinta-feira que a fuga do traficante Claudio Roberto Pacheco, conhecido como Sussuquinha, custou entre R$ 600 mil e R$ 700 mil, que foram pagos em propinas a policiais envolvidos. Reportagem divulgada na edição desta quinta-feira do jornal O Globo revela com detalhes o esquema da fuga do seqüestrador, ocorrida no dia 29 de maio.

O traficante, que também é acusado do assassinato da diretora do presídio Bangu I Sidneya Santos de Jesus, serrou as grades da cela do Batalhão de Choque da Polícia Militar, no Estado, e saiu pela porta da frente da unidade, durante a madrugada.

Segundo O Globo, um policial militar revelou em depoimento que Sussuquinha fugiu no porta-malas de um carro com a ajuda de pelo menos dez policiais civis e militares. A fuga, de acordo com o PM que não teve o nome divulgado, começou a ser planejada depois de o traficante ter pago R$ 120 mil para ser transferido da Polinter para o quartel de segurança máxima da PM, no centro do Rio.

No depoimento, o PM cita nomes de colegas envolvidos no esquema, revela a participação de agentes da Polinter e levanta a possibilidade de envolvimento de agentes até mesmo da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Segundo Garotinho, o dinheiro utilizado pelo traficante no suborno aos policiais foi captado por Sussuquinha dentro da própria carceragem, por meio de extorsão.

O secretário classificou a conivência dos policiais com a fuga de Sussuquinha como um “escândalo” e garantiu que os envolvidos serão punidos. “Polícia é polícia, tem que se comportar como polícia e não pode se envolver com marginais”, afirmou. Ele disse ainda que a polícia já tinha conhecimento sobre o depoimento do policial.




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