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Oswaldo Dias estuda cancelar bolsas de estudo
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
21/03/2009 | 08:29
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O prefeito de Mauá Oswaldo Dias (PT) confirmou que as bolsas de estudo concedidas aos funcionários concursados da Prefeitura estão com os dias contados. Os servidores beneficiados com o programa já haviam reclamado dos atrasos para o repasse da subvenção neste ano.

Oswaldo afirma que para este semestre o repasse está garantido, mas a Prefeitura deve rever o projeto. "Combinamos com a faculdade que pela cessão da área teríamos um número de bolsas específico por 10 anos. Mas do jeito como foi feito pelo outro governo, não temos como levar. Vamos manter as bolsas até este semestre, mas não podemos medir isso", disse o prefeito durante reunião do Orçamento Participativo no Jardim Anchieta anteontem.

O projeto de lei, elaborado em dezembro de 2007 pelo ex-prefeito Leonel Damo (PV), prevê a concessão de 100 bolsas de estudos parciais de 50% para servidores municipais que estudem na cidade.

Oswaldo diz que o valor que será economizado com o fim do projeto renderá novas matrículas na Educação Infantil. "É bom bolsa, mas quando discutimos onde gastar os recursos, temos de fazer avaliações. Tem projetos muito bons dentro dos 25% de verba destinada à Educação, mas temos de saber que cada projeto desses vai impactar em menos alunos na escola. Se nosso objetivo é ter crianças de 0 a 6 anos na escola, temos de entender que todo projeto, por melhor que seja, está tirando alunos da sala de aula."

Durante o discurso, Oswaldo confirmou também que os uniformes não serão distribuídos neste ano. Segundo ele, todos os cortes são necessários para ampliar o número de vagas.

OPOSIÇÃO - O vereador Manoel Lopes (DEM), autor do requerimento que questionou o prefeito neste ano sobre a demora na concessão das bolsas contestou a decisão. "Ele diz que é necessário especificar a mão de obra na cidade por conta do Rodoanel, mas não quer que os funcionários municipais se especializem? Isso não faz sentido."

Manoel lembrou que o vice-prefeito e atual secretário de Saúde Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT) foi autor de uma emenda ao projeto de lei que incluiria dependentes dos funcionários públicos na lista de bolsistas da Prefeitura. "Agora que estão no poder, a história é outra", reclamou. A Prefeitura diz que o cancelamento das bolsas ainda está em análise.




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