Borges quer, por exemplo, recuperar a data de outubro de 2005 para a realização de um referendo sobre a proibição de vendas de armas no país, abolida pelos deputados. Também pretende reduzir a lista de categorias autorizadas a portar armas. Devem ser excluídos da lista os servidores de órgãos ligados ao meio ambiente, de proteção à infância e os agentes tributários.
"Estamos evidentemente sendo contra o que permite aumentar a circulação de armas dentro da sociedade", explicou o relator.
Senadores deverão receber nesta quarta representantes de organizações não-governamentais preocupadas com o desarmamento da população brasileira, como a "Sou da Paz", "Viva Rio" e "Convive". Eles vão pedir o apoio dos parlamentares para derrubar as modificações introduzidas ao projeto na Câmara. É a segunda vez que os senadores examinarão a matéria, que tramita há cinco anos, por iniciativa do então ministro da Justiça e hoje líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL).
Na primeira votação, em junho último, houve um acordo entre os líderes da Câmara e Senado e os presidentes das duas Casas que resultou num texto supostamente consensual. Mas a resistência de deputados, identificados com o lobby da indústria de armamento, terminou adiando o exame da proposta para o último dia 23.
Como houve modificações, o texto é agora submetido novamente aos senadores com apenas duas alternativas: a de recuperar os pontos aprovados na primeira votação ou a de endossar as alterações feitas pelos deputados, como determina o regimento do Congresso.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.