A greve dos bancários na região "alcançou" mais cinco agências, em seu segundo dia. Isso corresponde a 24% do total de pontos de atendimentos instalados entre as sete cidades - 85 agências de 350. A adesão ao movimento entre os funcionários passou de 1.500 para 1.600.

Ontem, os dirigentes sindicais conversaram com a população e trabalhadores do sistema financeiro no Centro de São Caetano. Hoje, a paralisação avança para o seu terceiro dia em todo o País. No Grande ABC, o centro de Santo André ainda é a região com maior adesão a paralisação.

Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Bancários do ABC Eric Nilson, até o momento, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não contatou a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) para propor outro acordo. "Estamos dispostos a voltarmos à mesa de negociação, mas isso, infelizmente, ainda não aconteceu", afirma.

A presidente do sindicato regional Maria Rita Serrano acredita que, à medida em que a categoria intensifica as mobilizações e paralisações, aumenta a expectativa de que os bancos voltem a apresentar proposta mais coerente com a pauta de reivindicações.

Vale lembrar que, a data-base da classe trabalhista é 1º de setembro. Os bancários pedem reajuste salarial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários, mais R$ 4.000 para cada funcionário, refeição e alimentação no valor de R$ 510, piso salarial de R$ 2.157,88, além de previdência complementar para todos os trabalhadores. A categoria decretou greve geral na assembleia realizada terça-feira. A votação a favor do movimento foi unânime.

A plenária para a categoria avaliar e discutir o andamento das mobilizações acontecerá hoje, às 16h, na sede do sindicato, em Santo André.