A ALL (América Latina Logística) comprou nesta terça-feira o grupo Brasil Ferrovias, controlado pela Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (Fundação dos Economiários Federais), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo banco JP Morgan.

Com isso, o presidente da ALL, Bernardo Hees, disse esperar uma queda do preço do frete nos próximos anos, beneficiando principalmente os setores agrícola, industrial, petroquímico e minerador, com o barateamento nos produtos. De acordo com o executivo, o valor do transporte ferroviário chega a ser 20% inferior ao do rodoviário.

Aos 16 mil quilômetros de linhas da ALL vão se somar cerca de 4 mil quilômetros do grupo Brasil Ferrovias, que também é composto pela empresa Novoeste, totalizando 20 mil quilômetros de trilhos. Com isso, o domínio da ALL se estenderá desde a província argentina de Mendoza, próximo à Cordilheira dos Andes, passando por Buenos Aires, até o estado brasileiro de Mato Grosso, englobando todo o Sul e o Sudeste do Brasil.

O presidente da Funcef, Guilherme Lacerda, afirmou que o consumidor brasileiro será o maior beneficiado, com redução no preço final dos produtos devido à economia no custo do frete.

O acordo envolveu a troca de ações no valor de R$ 1,405 bilhão, tornando a Previ, a Funcef o BNDES e o JP Morgan sócios em 20,2% da ALL. A transação está sujeita à aprovação da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).