O balanço foi divulgado pelo deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT) após a operação realizada no período da manhã. A revista — que conta com 100 homens de tropas de choque e de elite e 30 agentes penitenciários — foi interrompida por volta das 13h e retomada cerca de uma hora depois.

A operação começou na tarde de segunda-feira, após o fim da maior rebelião no sistema carcerário brasileiro, que envolveu 25 presídios, duas cadeias públicas e dois distritos policiais em 22 cidades do Estado. Os motins deixaram 196 presos mortos, sendo que seis deles eram do Complexo do Carandiru.

Nesta segunda, a polícia encontrou na Casa de Detenção 260 armas brancas (entre facas, estiletes, chuços, pás e estoques), cerca de 12 telefones celulares e sete carregadores de bateria, além de drogas.

A rebelião, que começou no domingo e foi controlada nesta segunda-feira, foi comandada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa que atua nos cárceres de São Paulo. Estima-se que pelo menos 12 mil presos integram o PCC.

O secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, informou que os dez líderes da organização serão indiciados pelas mortes.

Transferência - Alguns detentos do Complexo do Carandiru poderão ser removidos para o Centro de Detenção Provisória, na zona Leste da capital, de onde cerca de 450 presos foram retirados e transferidos para presídios do interior do Estado.