Até o final da tarde de domingo, o local exato do escapamento nao foi encontrado, mas a concessionária suspeita de que ele tenha ocorrido em frente ao número 275. O gás acumulado na tubulaçao teria explodido após curto-circuito na fiaçao elétrica. Os moradores temiam incêndio e novas explosoes.
Três horas antes do acidente, moradores da parte da frente do edifício 271 começaram a sentir cheiro de gás, que se espalhou pelos corredores. O porteiro Geraldo Gomes, 48 anos, fez uma vistoria para tentar descobrir se havia vazamento em um dos 25 apartamentos. Como nada foi detectado, os moradores acionaram a CEG e o Corpo de Bombeiros. "Na hora em que a gente estava ligando, aconteceu a explosao. O prédio chegou a tremer", contou o porteiro.
Como chovia, nao havia movimento na rua e ninguém ficou ferido. Mas houve prejuízo para os moradores. A tampa do bueiro da Light dentro da casa de eletricidade, na garagem do edidfício, foi arremessada para o alto e destruiu a laje. "Vamos ter de refazer a laje, que agora ameaça cair, e alguém pagará por isto", disse o síndico Walter Alves, 75 anos. Ainda de madrugada, ele e outros moradores tentaram registrar queixa na 9ª DP (Catete), mas foram informados de que isto seria impossível por nao se tratar de crime.
Segundo o síndico, em menos de 15 minutos, bombeiros, técnicos da Defesa Civil, da CEG e da Light chegaram. O fornecimento de energia foi interrompido por medida de segurança até as 3h. Pela manha, o gás também foi desligado por 20 minutos para que fosse averiguado se havia escapamento nas instalaçoes internas do prédio. Como nada foi constatado no edifício, o fornecimento foi restabelecido às 10h.
Os técnicos da CEG tiveram dificuldades para encontrar o local do vazamento devido à grande quantidade de tubos, canos e fios. Até o final tarde de sábado, eles acreditavam que o escapamento acontecera em frente ao edifício 275.
De acordo com a assessoria da CEG, o problema pode ter sido causado pela corrosao da própria tubulaçao de gás, que tem aproximadamente 50 anos e é feita de ferro fundido. Até 2005, a empresa prevê que todas as tubulaçoes serao trocadas por outras de poletileno, material mais resistente. O gás distribuído na regiao ainda é manufaturado e tem baixa pressao.
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