Quem acompanhou o início de Série B do Santo André fez comentários inevitáveis, comparando o time ao que voou baixo na disputa do Paulistão. Com a realização de nove jogos no intervalo de 45 dias - somando o Estadual e a Segundona nacional - além da perda de seis titulares negociados após a campanha vice-campeã paulista, não apenas a parte técnica do time está sentindo a falta de entrosamento, e também o cansaço tem afetado.

"Ficamos preocupados com alguns atletas e até diminuímos a carga de treinamento deles. Infelizmente saímos de uma competição e já entramos em outra. Então temos de orientar os atletas da melhor forma, porque a Série B também é uma competição que exige muito", comentou o preparador físico do Ramalhão, Stelio Metzker. "E também tem a assimilação aos novos atletas, a adaptação a quem está chegando. Requer tempo, mas nós estamos confiantes pela qualidade daqueles que estão nos reforçando."

Por enquanto, oito atletas foram contratados para a Segundona. Há dez dias, cinco jogadores foram apresentados. Destes, Andrezinho, Borebi e Rychely já estrearam, e Marcelo esteve no banco de reservas no empate por 1 a 1 contra o Brasiliense. Enquanto isso Altair teve de realizar trabalho específico na primeira semana. "Ele chegou três quilos acima do peso, mas agora está apenas 600 gramas do que consideramos ideal. Mas logo estará trabalhando normalmente com os demais nos treinos".

Os outros três reforços foram apresentados na sexta-feira, casos de Douglas, Peterson e Xuxa. Destes, apenas o zagueiro levará mais tempo para entrar em forma. "Ele ficou 30 dias parado, mas não apresenta problema de peso. Como já passou por aqui, temos seu histórico e acredito que em 12 dias, no máximo, estará em condições", explicou Metzker.

A parada de um mês para a disputa da Copa do Mundo também será fundamental. "Vai ajudar bastante, principalmente para a gente, que perdeu seis titulares e está numa fase de transição. Pedimos para que a torcida e todos tenham paciência, porque já mostramos ser possível", afirmou.