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Itamar Franco fala em ‘conciliação’ com PT
Do Diário OnLine
30/11/2002 | 19:37
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O governador de Minas Gerais, Itamar franco (sem partido), que havia criticado a nova administração petista por tratá-lo como adversário, divulgou uma nota neste sábado dizendo que o momento “exige conciliação”. O governador não gostou quando a medida provisória, que destinaria R$ 1,2 bilhão em verbas a Minas Gerais, foi vetada.

O clima de mal-estar entre Itamar Franco e a equipe de Luiz Inácio Lula da Silva teve início na manhã desta sexta-feira, quando o governador divulgou uma nota atribuindo ao coordenador da equipe de transição, Antônio Palocci, e ao presidente Fernando Henrique Cardoso a decisão de vetar a medida provisória.

O dinheiro reivindicado por Minas Gerais é referente à restituição de investimentos feitos pela própria administração estadual em obras que caberiam à União, como rodovias federais. Como o caixa do governo mineiro está deficitário, a verba em questão seria usada no pagamento dos servidores.

Na tentativa de minimizar o racha gerado pelas declarações de Itamar, Palocci havia dito estar confiante de que o problema seria resolvido. "O que pudermos fazer para ajudar, faremos", garantiu, acrescentando que "não há razão para que haja tensão em torno deste tema".

Sobre a afirmação de que o governador estaria sendo tratado como adversário político pelo PT, o coordenador foi categórico. "Nós temos um enorme apreço e uma relação muito positiva com Itamar. Jamais o trataríamos como adversário e, de forma alguma, comemoraríamos a edição de uma medida provisória que não beneficiasse Minas Gerais".

Leia na íntegra a nova nota divulgada neste sábado pelo governador Itamar Franco:

"A não edição da medida provisória referente aos créditos de Minas com a União na última quarta-feira, solicitada para exame do futuro governo, causou-me grande frustração.

Devo reconhecer, porém, que em todos os contatos que tive com o presidente Fernando Henrique, o mesmo se mostrou amigo e receptivo para uma solução. Ambos examinamos várias alternativas, sempre atentos ao equilíbrio fiscal.

Continuo confiante em que o presidente da República encontre o mais rápido possível o caminho mais adequado ao atendimento desde justo crédito do povo mineiro.

O momento exige conciliação face aos interesses nacionais e participação da nossa Minas."




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