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Divididos, funcionários da General Motors aprovam PLR sob vaias
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
28/05/2010 | 07:00
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Depois de 17 dias de negociação, os 10.300 funcionários da GM (General Motors) de São Caetano se dividiram no momento de votar a proposta da meta de produção e o cálculo da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados). Sob vaias por grande parte dos trabalhadores, a categoria acabou aceitando a proposta, que prevê PLR de R$ 10.020 para produção anual de 415 mil veículos entre as duas unidades (São Caetano e São José dos Campos).

Desde o início da negociação, os metalúrgicos reclamaram da alta meta produtiva que foi acordada entre sindicato e montadora. Durante a votação, a reportagem constatou a desaprovação e divisão dos trabalhadores, que levou o sindicato a refazer a contagem dos votos, pois não tinha certeza sobre o resultado. Nem mesmo assim, ficou claro se a maioria dos funcionários concordava com a proposta. Metalúrgicos chegaram a dizer que houve alteração de resultado.

VALORES - Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues, o Nunes, caso a produção atinja 80% do que foi proposto (de 332 mil a 352 mil veículos fabricados) os trabalhadores receberão R$ 6.680.

No caso de produzirem até 385 mil automóveis, receberão R$ 8.350. "Como foi aprovado hoje (ontem), a primeira parcela, de R$ 4.500, vai ser paga na quarta-feira e a segunda em janeiro", explica Cícero Marques da Costa, terceiro secretário do sindicato de São Caetano. A cada 3.000 veículos produzidos a mais do que foi acordado, o trabalhador receberá o chamado plus, no valor de R$ 91,17.

Até o momento, as duas unidades da GM já produziram 200 mil unidades, com turno de 40 horas semanais. "Se continuarmos nesse ritmo, facilmente alcançaremos o objetivo final", afirma o vice-presidente. Em comparação com o ano passado, a PLR teve reajuste de 21,74%. Quanto à meta de produção, em 2009 a montadora propôs 300 mil veículos. Porém, a marca foi ultrapassada em 37 mil.

A categoria da unidade de São José dos Campos aprovou a proposta no dia 21, portanto recebem hoje a primeira parcela da PLR. A unidade têm, hoje, 8.100 funcionários.




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