A Fundação Procon-SP contabiliza neste ano, até agora, 36 recalls de montadoras de veículos, número superior aos 34 observados em todo o ano passado.

O trigésimo-sexto foi o anunciado ontem pela Ford, que está convocando os proprietários do Explorer ano/modelo 1995 a 1997 e da Ranger ano/modelo 1995 a 2002 equipados com motor V6 a entrarem em contato com um distribuidor da marca para reparo nos veículos. A convocação envolve ao todo 7.232 carros.

A empresa informa que há possibilidade de infiltração do fluido de freio através da região interna do interruptor de desativação do controle de velocidade (piloto automático), o que pode acarretar corrosão e superaquecimento dos terminais. Há ainda risco de incêndio no compartimento do motor.

A solução para o problema será a instalação de um chicote adicional no circuito de de desativação do controle de velocidade.

A recomendação da fabricante é que o proprietários desses veículos façam o agendamento nas concessionárias autorizadas para a colocação do chicote. O início do atendimento será no dia 3 de novembro. Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone 0800 703 3673 ou pelo site www.ford.com.br.

Segundo o Procon-SP, quem tiver qualquer dificuldade para efetuar o reparo, deve procurar um órgão de defesa do consumidor. A entidade esclarece ainda que é importante guardar o comprovante de que o serviço foi efetuado e, em caso de venda do carro, repasse o documento.

SETOR
Há poucos dias, a Volkswagen comunicou problemas na lubrificação de motores de modelos 1.0 litro (Gol, Fox e Voyage) instalados a partir de abril de 2008 e fez o chamamento dos proprietários desses carros para substituição gratuita do óleo do motor.

Para especialistas, a grande quantidade de recalls - e consequentemente de defeitos verificados - revela a concorrência acirrada e as crescentes exigências de redução de custos nesse mercado globalizado.

O assistente de direção do Procon-SP, Carlos Alberto Najas, assinala que a entidade faz o monitoramento desses problemas, e a partir de anúncios de convocação feitos pelas empresas, e entra em contato para cobrar informações - por exemplo, se comunicou ao público assim que percebeu o ‘vício' de fabricação - para verificar se a empresa cumpriu o Código de Defesa do Consumidor.