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Grande ABC é primordial para a Kasinski
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
04/09/2010 | 07:06
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O mercado de motocicletas no Brasil continua aquecido. Julho, por exemplo, fechou como quarto melhor mês do ano, com 146.866 unidades vendidas, de acordo com a Abraciclo (Associação Brasileira das Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Nos sete primeiros meses, 1.019.690 motos foram emplacadas, crescimento de 10,51% em relação ao mesmo período do ano passado. De olho nestes números, a Kasinski promete investir para ampliar sua fatia no mercado brasileiro, que atualmente é de somente 0,9% (10.586 unidades).

Nesta estratégia de crescimento, o Grande ABC é considerado primordial pela fabricante. "Atualmente, as três concessionárias da marca na região, localizadas em Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires, são responsáveis por 45% das vendas da Kasinski na Região Metropolitana, que neste ano é de 1.300 unidades. Destes (45%), a loja andreense representa 50%", revela Ricardo Grinberg, consultor da região de São Paulo.

"No Estado de São Paulo, a concessionária de Santo André é a segunda colocada em vendas, seguida pela de São Bernardo. Quando levado em conta o território nacional, as duas estão entre as 15 primeiras", completa o executivo, deixando clara a intenção da marca em continuar crescendo no Grande ABC.

O plano de expansão inclui a abertura, entre novembro e dezembro, de uma concessionária em Mauá, sob o comando de Paulo Silas, responsável pela loja em Santo André. "Na unidade andreense abriremos segundo showroom na mesma avenida - Coronel Alfredo Fláquer, 812", explica Paulinho.

"A ideia é abrir outros pontos, mas mantendo as lojas nas mãos dos concessionários", reforça Grinberg, antecipando que há estudos para a abertura de uma unidade em Diadema (ainda sem data fixada) sob o comando da rede instalada em São Bernardo, de responsabilidade do empresário André Júnior.

Atualmente, a Kasinski conta com 150 concessionárias em todo o Brasil. O objetivo é fechar o ano com 200.

FÁBRICA
Durante a apresentação do nova scooter Prima Electra (confira apresentação da motocicleta no caderno de Automóveis de quarta-feira), a Kasinski revelou planos para instalação de nova fábrica de veículos elétricos no Estado do Rio de Janeiro (leia matéria abaixo) - atualmente a marca está migrando para outra unidade fabril na Zona Franca de Manaus, no Amazonas.

Segundo Ricardo Grinberg, durante o processo de busca para o local de construção da nova linha de montagem, o Grande ABC, berço da indústria automobilística nacional, em nenhum momento foi cogitado. "Tudo depende dos incentivos fiscais que nos são oferecidos", explica.

Montadora fecha parceria com Magazine Luiza

A estratégia de aumentar as vendas e consolidar-se como quinta marca do País não se resume a abrir outros pontos e ampliar o leque de produtos. Viabilizar a compra por parte do consumidor via consórcio foi o caminho escolhido pela Kasinski. Para isso, a fabricante de origem chinesa fechou parceria com o Consórcio Luiza, pertencente ao grupo Magazine Luiza.

"A partir de agora, as motocicletas da Kasinski estarão expostas nas lojas Magazine Luiza espalhadas por todo o Brasil - são aproximadamente 600 estabelecimentos", revelou Cláudio Rosa Júnior, presidente da Kasinski. "Temos certeza que esta união será um sucesso", completou o executivo, exaltando que a perspectiva é de que as compras por meio de consórcio cresçam 20%.

Atualmente, 30% das vendas da marca são via consórcio, 50% por financiamento, 19% à vista e apenas 1% por meio de leasing.


Fábrica para elétricas só em 2011

Se o posto de principal fabricante de motocicletas do País é algo muito distante - a colocação é ocupada atualmente pela Honda, que dá sinais de que dificilmente irá ‘largar o osso' -, a Kasinski busca outras maneiras de ser reconhecida no mercado brasileiro. A melhor encontrada, segundo Cláudio Rosa Júnior, presidente da marca, foi tornar-se pioneira na produção de magrelas elétricas com a construção de uma fábrica exclusiva para as motos ecologicamente corretas no Estado do Rio de Janeiro - ainda sem local definido.

"Vamos ficar no Brasil muitos e muitos anos", revela o executivo ao justificar a construção da planta, que teve investimento inicial de R$ 20 milhões e deverá gerar cerca de 150 empregos diretos.

A escolha pelo Estado fluminense se deve ao apetite do governador Sérgio Cabral em investir em novas tecnologias. "Estamos de olho nos dois grandes eventos, Jogos Olímpicos (2016) e Copa do Mundo (2014) - ambos na cidade do Rio de Janeiro", admite Júnior.

O início das operações da nova fábrica de motos elétricas está programado para o primeiro semestre de 2011. A capacidade inicial de produção será de 10 mil unidades por mês.

Apesar da empolgação com o pioneirismo, a direção da Kasinski reconhece que as magrelas movidas a elergia elétrica não representarão grandes volumes de vendas. "Apostamos que o mix deve ficar em torno de 5% a 10%", completou.




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