Economia Titulo Reação
Microempresas da região voltam a crescer

Faturamento foi 6,2% maior em relação a abril, porém, no acumulado do ano, é 11,2% menor

Flavia Kurotori
Especial para o Diário
14/09/2017 | 07:15
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O faturamento das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) do Grande ABC em maio cresceu 6,2% em relação ao mês anterior, quando havia sido registrada queda de 1,3%. O aumento representou R$ 124,8 milhões a mais nos cofres das firmas, cujas receitas totalizaram R$ 2,1 bilhões. Os dados são do levantamento mensal do Sebrae-SP.

Na avaliação do consultor do Sebrae-SP Pedro Gonçalves, a expansão deveu-se à celebração do Dia das Mães. “Nesta data, a receita, principalmente do varejo, costuma crescer bastante”, diz. Mas não o suficiente para superar o resultado de igual mês no ano passado, sobre o qual se tem queda de 7,8%, o equivalente a perdas de R$ 200 milhões.

Apesar da sazonalidade, Gonçalves destaca que o cenário econômico começa a dar sinais de melhora, o que contribui para aumentar a confiança do consumidor, que começa a se restabelecer. Para se ter ideia, no quinto mês do ano o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – medidor oficial da inflação do País – oscilou 0,31%, sendo a menor para o período desde 2007.

O consultor do Sebrae-SP garante que, mesmo com a crise, não é o porte da empresa que define o faturamento e, sim, o setor. “Neste momento, sai ganhando aquele que faz parte do mercado final e com produtos baratos, como no caso do varejo, com o vestuário, e dos serviços, com os cabeleireiros”, exemplifica. “Com o tempo, conforme as vendas se recuperam, o estoque abaixa e volta a movimentar a indústria”, completa.

Exemplo disso é que, após 25 meses de quedas na receita, a indústria apresentou alta de 2,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Apesar de não ter dados por região, é possível correlacionar a reação do setor com a do Grande ABC, onde é muito presente.

No acumulado do ano, as vendas das MPEs somaram R$ 9,9 bilhões, montante ainda 11,2% menor do que as cifras obtidas de janeiro a maio de 2016, de R$ 10,8 bilhões. Gonçalves explica que os resultados negativos são reflexo da retração expressiva apresentada nos anos anteriores, motivo pelo qual a recuperação é lenta. “No quarto trimestre do ano passado, as perdas haviam sido de 21%, se comparado a igual período de 2015.”  




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