Os jornalistas palestinos iniciaram nesta segunda-feira uma greve em solidariedade ao colega britânico da BBC Alan Johnston, seqüestrado há três semanas na Faixa de Gaza. Os repórteres protestam contra a incapacidade das autoridades palestinas de obter a libertação do repórter.
Novas manifestações estão programadas para Gaza e Ramallah, na Cisjordânia, para reclamar a libertação do jornalista, que já é o estrangeiro com o maior período de cativeiro nos territórios palestinos.
Alan Johnston, 44 anos, foi seqüestrado por homens armados em Gaza, no dia 12 de março. O rapto não foi reivindicado por nenhum grupo.
O presidente palestino Mahmud Abbas e o movimento islamita Hamas, ao qual pertence o primeiro-ministro Ismail Haniyeh, condenaram o seqüestro e afirmaram que atuam para obter a libertação do britânico.
Em Londres, 300 personalidades da imprensa britânica exigiram nesta segunda-feira a libertação imediata do correspondente da BBC, em um anúncio de página inteira publicado no jornal 'The Guardian'.
"Nós, abaixo signatários, exigimos a libertação do correspondente da BBC em Gaza, Alan Johnson. Há 21 dias que foi seqüestrado e ainda não recebemos nenhuma indicação firme sobre seus deslocamentos ou seu estado", afirma o texto, seguido por 300 nomes.
Entre os signatários figuram Marc Thompson, diretor-geral da BBC, Sir David Frost, ex-jornalista estrela da BBC que agora trabalha para o serviço em inglês do canal Al-Jazeera, Christiane Amanpour (CNN), Adam Boulton, editor de política da Sky, Jeremy Paxman, entrevistador estrela da BBC, Natasha Kaplinsky, apresentadora da BBC, e Wadah Khanfar, chefe de redação da Al-Jazeera.