As eleições legislativas no Paquistão serão adiadas provavelmente até fevereiro, já que violência posterior ao assassinato de Benazir Bhutto torna "impossível" manter a data de 8 de janeiro, informou a comissão eleitoral, que anunciará na quarta-feira a nova data da votação.

"Anunciaremos a data amanhã, após consultas com os partidos políticos", declarou nesta terça-feira o secretário da comissão eleitoral, Kanwar Dilshad. "Parece impossível celebrar as eleições em 8 de janeiro, as eleições podem ser adiadas", acrescentou.

O porta-voz disse ainda que será levado em consideração na decisão o mês de Moharram, sagrado para os muçulmanos, que começa no dia 10 de janeiro e termina em 8 de fevereiro.

A comissão cita os episódios de violência e os distúrbios que explodiram depois do assassinato, no dia 27 de dezembro de 2007 em um atentado suicida, da ex-primeira-ministra e líder da oposição Benazir Bhutto.

Desde então, a violência já deixou 58 mortos em todo o país, especialmente na província meridional de Sind, reduto de Bhutto e do Partido do Povo Paquistanês (PPP).