Economia Titulo Fomento
Ministra quer Vale-Cultura nas metalúrgicas da região

Marta Suplicy estimula representantes sindicais da categoria a negociar benefício

Pedro Souxa
do Diário do Grande ABC
08/07/2014 | 07:07
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São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra têm, atualmente, 43 mil metalúrgicos que se enquadram nas regras do Vale-Cultura, do governo federal. Por isso, ontem, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, se encontrou com representantes sindicais da categoria para estimulá-los a negociar, nos próximos acordos coletivos, a inclusão do benefício.

O número potencial se refere a trabalhadores que recebem até cinco salários-mínimos (R$ 3.620, segundo o Dieese), eles são alvo do programa governamental. O vale é facultativo às empresas. Cada beneficiário recebe R$ 50 mensais cumulativos em um cartão. As companhias tributadas pelo lucro real deduzem até 1% do Imposto de Renda devido ao aderirem ao programa. Para o empregado, o desconto é de R$ 1 para um salário-mínimo e assim sucessivamente, até R$ 5, para cinco pisos nacionais.

Por enquanto, apenas 25 empresas do Grande ABC aderiram ao programa. São 437 funcionários cadastrados, ou seja, 0,14% do total de registros no Estado de São Paulo, informou o Ministério da Cultura. “Essa é uma região que passou a ter já há algum tempo uma possibilidade cultural bastante grande. E esse é um recurso que vai ficar aqui, vai dar bastante musculatura para a cultura local”, disse Marta.

Os segmentos que poderão se credenciar para aceitar o vale são os comércios de livros, jornais, revistas e papelaria, instrumentos musicais e acessórios, discos, CDs, DVDs e fitas, atividades de exibição cinematográfica e artes cênicas, espetáculos e atividades complementares e outras com fins culturais. Não há restrição dos tipos dos produtos adquiridos nesses estabelecimentos.

“É possível incluirmos neste ano ainda o vale em algumas empresas da base. Mas acredito que vai vingar mesmo no ano que vem”, observou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da ABC, Rafael Marques.

“No primeiro ano de vale-alimentação, que é obrigatório, em 1977, foram 760 mil trabalhadores cadastrados. Em apenas três meses (abril a junho) de Vale-Cultura, que é opcional à empresa, foram 715 mil cadastros (no País)”, observou o secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura, Ivan Domingos das Neves.  




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