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Ainda de acordo com os documentos, divulgados pelo jornal O Globo, o TRT recebia recursos da Secretaria do Tesouro Nacional e pagava à Incal através de uma conta da empresa do Banco do Brasil. O dinheiro era desviado por uma rede de cerca de 50 empresas para chegar às contas do grupo OK ou enviado ao exterior. Muitas das empresas estavam em nome de laranjas.
Os grupos Monteiro de Barros - do qual faz parte a Incal - e OK montaram seus esquemas através da conta-mae mantida pela Incal. Segundo os documentos, a partir dessa conta-mae, foram desviados R$ 158,4 milhoes (US$ 35 milhoes), dos quais US$ 35 milhoes saíram do grupo Monteiro de Barros para o grupo OK; US$ 9,4 milhoes para pessoas físicas; US$ 32,7 milhoes foram enviados para o Panamá; e US$ 4,7 milhoes para o Paraguai.
A CPI do Judiciário já havia descoberto a operaçao Panamá e revelado que a financeira Investment Real State recebia o dinheiro no país. De acordo com a documentaçao recebida pelo MPF, a operaçao Paraguai foi feita principalmente por meio de contas CC-5. Nesse caso, o dinheiro saía da conta-mae da Incal, ia para outra conta do grupo Monteiro de Barros no Banco Cidade, entrando em Foz de Iguaçu (PR). A partir daí era repassado para financeiras no Paraguai.
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