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Fábrica de cadeira de criança cria turnos
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
27/05/2010 | 07:00
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A proximidade da fiscalização que penalizará proprietários de veículos que não estiverem transportando crianças em cadeirinhas provoca corrida dos pais às lojas especializadas, fazendo com que os estoques das varejistas acabem mais rápido. Com o volume maior de pedidos, fabricantes desses itens criaram turnos de trabalho para atender a forte demanda.

Elevar a capacidade logística em 150% entre os meses de março e maio foi a solução encontrada pela importadora Infanti Brasil, instalada em Diadema. Foram contratados mais 50 pessoas, totalizando 80 profissionais que revezam em três turnos a etiquetagem e reempacotamento dos produtos fabricados na China.

O diretor de marketing da companhia, Fabiano Nyenhuis, comenta que a quantidade de consumidores que estão deixando a compra do dispositivo (bebê-conforto, cadeirinha ou assento de elevação) para a última hora é grande. "Desde 2008 fala-se bastante no cumprimento da resolução, mas só na reta final é que muitos pais e responsáveis pelas crianças vão às lojas", avalia.

A fabricante Burigotto, de Limeira, também reforçou seu quadro de pessoal. A empresa contratou mais 200 funcionários para dar conta do volume de vendas, que dobrou entre abril e maio na comparação com mesmo período de 2009.

Em nota, a companhia confirmou que também criou terceiro turno na linha de produção, tocada agora por aproximadamente 500 pessoas. A maior parte desses dispositivos são certificados fora do País.

A partir do dia 9, a lei será para valer, pois os motoristas flagrados transportando bebês e crianças fora das cadeirinhas serão multados em R$ 191,54 e ainda ganharão sete pontos na carteira de habilitação, por essa ser considerada infração gravíssima.

O executivo avalia que a campanha encabeçada pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e o Ministério das Cidades estimula a população a se adequar à nova norma de trânsito. A demanda está mais aquecida para o assento de elevação, usado pelos pequenos de 4 a 7 anos e meio. Estima-se que essa faixa etária tenha entre 12 e 15 milhões de pessoas, enquanto os de 4 a 7 anos somam quase 3 milhões.

Mesmo com venda elevada, o preço dos produtos no varejo permanecem estáveis, sem tendência de elevação, segundo os fabricantes procurados pela reportagem.




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