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PFL vai a Brizola propor aliança contra Lula
02/01/2004 | 21:24
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O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), tem um encontro marcado com o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, na próxima quarta-feira. A primeira ação política do PFL em 2004 será para consolidar a parceria com o PDT, reforçando, assim, a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Vou ao Rio para tomar um café com o Brizola. Vamos abrir o ano mostrando que a oposição neste país se entende”, disse Bornhausen nesta sexta.

O PFL pretende uma parceria com o partido do insatisfeito Brizola não só no Congresso, mas também nas eleições municipais. "Temos nos entendido muito bem com o Jefferson (Peres, líder do PDT) no Senado. A oposição tem de conversar e nós estamos trabalhando juntos o tempo todo”, afirmou Bornhausen, animado com a possibilidade de uma aliança mais ampla.

“Quero conversar com Brizola sobre eleições municipais porque temos a possibilidade de fazer muitos acordos na disputa pelas prefeituras. Vamos caprichar nisso”, insistiu o presidente do PFL, que passou o recesso de fim de ano pescando com amigos, mas sem descuidar da agenda política da próxima semana.

PFL e PDT têm sido bons parceiros no Congresso, o que dificulta ainda mais a permanência no governo do ministro pedetista das Comunicações, deputado Miro Teixeira. Interlocutores de Lula acreditam que, na reforma ministerial, Miro deverá ceder a cadeira para o líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE).

Identidade – A investida da cúpula do PFL este ano será para compor com o PDT Brasil afora e, com isso, facilitar sua vida na briga com o PT e os aliados do governo na disputa pelas prefeituras em outubro. Será a primeira campanha municipal dos pefelistas na oposição ao governo federal.

Por isso mesmo, a ordem é fazer todo o esforço para, no mínimo, manter sob seu comando as 1.023 cidades que têm prefeitos do partido. Embora o PDT não seja um partido de tradição no Executivo municipal, o discurso de decepção e insatisfação de Brizola com o governo Lula é uma arma importante para o PFL.

A identidade eleitoral entre pefelistas e pedetistas será criada a partir da análise crítica da administração petista. A idéia do PFL é tocar a campanha municipal com um discurso “afiadíssimo” contra o governo Lula. Discurso que Brizola tornou mais agressivo desde a última reunião do diretório nacional pedetista, dia 12.

Foi nesta reunião que os dirigentes do PDT decidiram declarar independência em relação ao governo federal, recomendando às bancadas no Congresso “atuação crítica frente a todos os projetos e ações que estejam em desacordo com os princípios trabalhistas.” Na mesma oportunidade, o partido recomendou a Miro que deixasse o posto.

PDT e PFL têm quase a mesma avaliação crítica da administração Lula. Tanto Bornhausen como Brizola classificam o governo como o que fez crescer o desemprego a níveis recordes com a política econômica recessiva.




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