Agora, o Cruzeiro só precisa do empate. No comecinho, já ameaçaria, mas o chute de Lucas pegou na rede. Os mineiros atacavam muito mais e exploravam as rápidas saídas de bola. O esquema de Marco Aurélio se utilizava bem dos avanços dos laterais Maicon e Leandro. Ricardinho rodava pelo meio. Logo aos 14 minutos, Fábio Júnior colocou o Cruzeiro na frente ao concluir, de cabeça, o cruzamento de Jorge Wagner.
Era como se a vantagem esfriasse temporariamente o Cruzeiro, que diminuiu o ritmo. Aos poucos, o time de Minas permitia que o Paysandu ocupasse os espaços no meio-campo. A equipe de Givanildo impunha um ritmo veloz. Aos 17, os paraenses quase chegaram lá, mas o goleiro Jefferson evitou o pior. Aos 24, Welber tentou forçar um pênalti – depois de um passe de Jajá, que o deixou livre na área –, mas o árbitro ignorou a simulação.
Aos 30, enfim, o Paysandu igualou tudo. Welber cobrou a falta, que acertou a trave. A bola sobrou na canhota de Sandro, que só conferiu no canto direito, indefensável para o goleiro Jefferson – 1 a 1. Valeu a persistência de quem buscava o ataque constantamente.
Ao contrário do que aconteceu até a metade da etapa inicial, o time da casa já se impunha. De repente, o Cruzeiro sentiu que a fórmula mais adequada era sair novamente para o confronto. Só que o Paysandu marcava forte. Os laterais Marcos e Luiz Fernando insistiam nas jogadas de linha de fundo. Os atacantes Vandick e Jajá se movimentavam muito para atrair os zagueiros, mas encaravam vigilância de Cris e Luizão.
Na etapa complementar, o Cruzeiro retomou o domínio e pressionava seguidamente. Aos 18 minutos, Jussiê pegou a defesa desatenta para restabelecer o resultado favorável, depois de receber um passe de Joãozinho. O Paysandu, sem o embalo que antes o havia levado à reação, sentiu o impacto do gol. Aos 31, o goleiro Marcos impediu que Fábio Júnior pudesse ampliar. A tática do Cruzeiro priorizava as constantes inversões. Aos 42, Albertinho desperdiçou um pênalti – a bola saiu fora – que teria livrado o Paysandu da derrota.
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