A coordenadora do Ministério da Saúde no Rio, Ana Tereza Pereira, responsável pela administraçao dos 13 hospitais federais do Estado, estima em 200 o número de pessoas que teriam sido prejudicadas e acusa "funcionários insatisfeitos com a política do governo". Segundo Ana Tereza, a açao do ministério no Rio está "ferindo vários interesses", com a cobrança por aumento da produçao e o estímulo à adesao ao Programa de Demissao Voluntária. Ela nega que tenha havido casos de ameaça entre os funcionários.
Invasao - Na mesma madrugada em que a CPD do hospital teria sido atacada, houve a invasao da sede do Ministério da Saúde no Rio, com o arrombamento de oito salas. Armários foram revirados e um computador com dados sobre o pagamento de funcionários, roubado. A PF já está investigando o caso.
Ana Tereza enfrenta resistência por parte do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio, que contesta sua administraçao. Há cerca de 15 dias, o presidente da entidade, Jorge Darze, reuniu parlamentares da bancada fluminense para pedir a instalaçao de uma Comissao Parlamentar de Inquérito para apurar as denúncias contidas em um dossiê com supostas irregularidades nas unidades federais.
"A gestao dos hospitais é um escândalo e o ministro José Serra já recusou três pedidos de audiência", afirmou, na ocasiao, o presidente do sindicato, que disse ter encaminhado os documentos ao Ministério Público Federal. O dossiê aponta, entre as denúncias, a falta de insulina e de serviços para a execuçao de exames histopatológicos no Hospital Geral de Bonsucesso. Também acusa a existência de um superfaturamento de R$ 245 mil na obra de extensao do serviço de emergência do Hospital do Andaraí.
Ana Tereza negou todas as acusaçoes e disse que o sindicato estaria ligado a "grupos com interesses políticos, que perderam privilégios". Segundo ela, a terceirizaçao de serviços nos hospitais propiciou uma economia de R$ 25 milhoes desde que foi implantada, em julho do ano passado.
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