Política Titulo Luta contra Lauro
PT se apega a histórico favorável em Diadema

Partido jamais deixou de governar município por mais de quatro anos; luta é contra reeleição de Lauro

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
03/01/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Em meio à construção de candidatura majoritária ao processo eleitoral de outubro, o PT de Diadema se prepara neste ano para manter retrospecto favorável: jamais ficou fora do comando do município por mais de quatro anos.

Há 36 anos, o PT (fundado em 1980) emergia no cenário nacional após eleger seu primeiro prefeito. À ocasião, Gilson Menezes (hoje no PDT) iniciou hegemonia que perdurou três décadas, colocando Diadema como maior espelho do petismo. Depois da gestão de Gilson (1983-1988), a sigla ainda governou o município entre 1989 e 1992, com José Augusto da Silva Ramos (hoje no PSDB), em 1993 a 1996, 2001 a 2004 e 2005 a 2008, com José de Filippi Júnior (PT), e 2009 a 2012, com Mário Reali (PT).

A primeira vez que o PT se viu em xeque em Diadema foi no pleito de 2000. A sigla se reconstruía após grave crise de quatro anos antes que culminou com a vitória de Gilson, então no PSB. O candidato petista em 1996 foi Zé Augusto, a fórceps, já que o então prefeito Filippi defendia a indicação de Joel Fonseca. No pleito de 2000, o PT voltou a apostar em Filippi e, contando com divisão no governo Gilson, venceu Zé Augusto, que foi prefeiturável pelo PPS. Era o retorno do PT ao poder diademense.

Protagonista da segunda derrota do PT em Diadema em três décadas, ao ser superado pelo então vereador Lauro Michels (PV) no segundo turno em 2012, Reali tem a missão de pavimentar nome que vai representar a legenda, exercendo a função de presidente municipal da sigla.

Ele, inicialmente, defendeu e tentou que Filippi encabeçasse o projeto. O ex-prefeito refutou a possibilidade, alegando projetos pessoais. Contudo, anunciou participação na condução do processo interno.

“Eu acredito muito que a escolha será por consenso. Meu objetivo é solidificar candidatura com unidade do diretório e debater os problemas que a cidade vem enfrentando com essa gestão e o histórico de transformação realizado pelo PT”, considerou o Reali.

Por ora, prévia interna está colocada. O deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e os vereadores José Antônio da Silva e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, brigam pela preferência da militância. O nome do candidato deve ser anunciado até fevereiro.

Na sondagem de intenções de voto feita pelo DGABC Pesquisas e publicada pelo Diário, o PT somente figura no topo com Filippi de candidato. Ele liderou todas as rodadas, ocorridas em março, agosto e dezembro.  




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